21 de set. de 2011

A maioria dos maranhenses hesitando entre o cemitério e a cadeia

Aumentou o número dos que recebem o bolsa-família: mais 800 mil necessitados, por conta da ampliação de três para cinco filhos de cada mãe que  faz jus a esse auxílio, chegando  aos 242 reais mensais. Ótimo. Nada a opor. 

Sem isso, mais de 13 milhões de famílias estariam mendigando, passando fome e hesitando entre o cemitério ou a cadeia. Indaga-se, porém, se o assistencialismo é solução, já que cresce de ano para ano, ao tempo em que o governo apregoa ir a economia muito bem, estando o Brasil imune à crise que assola o planeta. Para evitar o pior, claro que é válido o bolsa-família, mas se o número de miseráveis aumenta, não seria hora de questionar o modelo que multiplica a miséria enquanto favorece o lucro do sistema financeiro? Não será através do bolsa-família que o país sairá dessa ciranda da miséria. 

Logo seremos atingidos pela onda recessiva responsável pelo caos da Europa, a débacle dos Estados Unidos e a fome na África. Será então, pelo modelo vigente, a  hora de aumentar impostos, congelar os salários,  promover o desemprego em massa e cortar investimentos em políticas sociais. Fórmula imposta pelos mesmos de sempre, os que lucram com a especulação financeira.  

Quebrar o círculo de giz, só com a determinação de  enfrentar os responsáveis pela crise, que, se não dispõem de força para interromper o bolsa-família, insurgem-se contra gastos nas políticas públicas, em especial saúde, educação e segurança. Diante dessa encruzilhada já nos defrontamos vezes incontáveis, sempre com a prevalência dos interesses da minoria. 

Depuseram Getúlio Vargas e João Goulart e cooptaram o Lula. Disputam palmo a palmo as concepções de Dilma Rousseff. Só que a ciranda da miséria não é ilimitada. Esgota-se na implosão.

Por Carlos Chagas/Tribuna da Imprensa -
Editado por Eri Santos Castro.
Compartilhe.

Nenhum comentário: