14 de mar. de 2011

O tchau de Flankin Douglas a Juca do Bolo:

Deixou-nos no último sábado (12/3), um dos mais brilhantes compositores populares maranhense, José Dias, o Juca do Bolo. Tão brilhante quanto anônimo.

É de Juca do Bolo, por exemplo, a mais cantada toada de bumba-meu-boi em homenagem a Coxinho e conhecida do grande público na voz de Inácio Pinheiro e do Boizinho Barrica: "Companheiro, Coxinho foi morar no céu".

Juca morreu aos 50 anos decorrente de um AVC. Já vinha debilitado pela diabetes. Foi enterrado no cemitério de Panaquatira... quase um anônimo. Presentes umas 30 pessoas entre familiares e amigos bem próximos.

Morador do Coroadinho, Juca nasceu em São João Batista. Cresceu sob a influência cultural da Madre-Deus. 

Era conhecido assim porque ganhava a vida vendendo bolo. Sua música vinha das batucadas em sua bandeja de bolo. A produção de Juca é vasta. Só não teve a sorte de ser resgatado em vida, como aconteceu com o Antonio Vieira. Fica a ideia aqui registrada, ainda que póstuma.

Juca do Bolo agora junta-se ao seu toador preferido. Só nos resta cantar: Companheeeiiiirro / Juca do Bolo foi morar no ceú / juntou-se a Coxinho com suas toadas de sotaque da Baixada / Eu fiquei com pena dele / por não poder fazer nada / mas quando chegar o mês de junho / vou cantar sua toada!

Do blogue do Flanklin Douglas.
Enviado por Eri Santos Castro.
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