13 de fev. de 2011

Egípcios recusam-se a sair da praça Tahrir e reivindicam prazos para reformas

Após a renúncia de Hosni Mubarak, na sexta-feira (11/02), centenas de manifestantes permanecem concentrados na praça Tahrir até que as Forças Armadas anunciem um prazo concreto para cumprir as exigências populares, sendo a primeira delas a anulação da Lei de Emergência, vigente desde 1981.

"Nossa primeira reivindicação já foi cumprida, que é a retirada de Mubarak. Mas agora, para que saiamos da praça, queremos o compromisso das Forças Armadas de que responderão a nossos pedidos em um prazo de tempo determinado", disse à Agência Efe o jovem manifestante Ahmed Shair.

Shair tentava explicar a situação a alguns jovens manifestantes, que portavam cartazes com os dizeres "O Exército está acima de nossas cabeças, mas onde estão nossos direitos?", "O Exército e o povo são a mesma mão" e "Só Alá derruba o regime".

Outra manifestação em massa foi convocada para a próxima sexta-feira para insistir no rápido cumprimento das promessas de transição e uma agenda concreta para responder às demandas dos manifestantes. Entre as reivindicações, Shair citou a dissolução do Parlamento, a reforma da Constituição e a formação de um novo governo.

Enquanto alguns jovens gritavam frases para lembrar os manifestantes que morreram nos incidentes, outros faziam a limpeza da praça e desmontavam as barracas onde dormiram.

Saiu no Opera Mundi.
Enviado por Eri Santos Castro.
Compartilhe.

Nenhum comentário: