| Acostumada com a linearidade e as simplificações ocidentais, a mídia não está percebendo a linguagem cifrada, sutil, que chega do Oriente. Os telejornais e portais da noite de quinta-feira (10/2) não souberam fazer a leitura correta dos despachos que chegavam do Cairo. Queriam a renúncia formal do ditador Hosni Mubarak e não perceberam que o rais já não manda, agora é apenas o chefe de Estado, de jure. A república castrense voltou a funcionar ostensivamente como acontece há quase 60 anos consecutivos, desde a derrubada do rei Faruk. Mais competência Na reunião de quinta-feira do Conselho Supremo das Forças Armadas – sem a presença de Mubarak, teoricamente seu chefe – foi emitida uma nota de apoio às exigências legítimas do povo, denominada de Comunicado Número 1: O cenário está armado, faltam os novos atores. A mídia trouxe a Praça Tahrir para o centro do mundo. Agora, além da coragem para enfrentar a repressão precisará de muita competência e conhecimento para traduzir as complexidades de uma revolta sem revolução. Por Alberto Dines. Enviado por Eri Santos Castro. Compartilhe. | |||||||||||||
13 de fev. de 2011
Sinais que a mídia não capta
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário