O jornalista e professor Ed Wilson denomina o coletivo 'Sempre PT' de 'Sempre Oportunista", leia abaixo artigo publicado no seu Jornal Pessoal e uma postagem de Márcio Jerry, no seu Twitter.
"Na história das guerras há muitos derrotados que tentaram se assemelhar aos vencedores. Capitularam, foram humilhados e mortos sem piedade."
Sem arrodeios, o negócio do grupo “Sempre PT” ( http://www.jornalpequeno.com.br/blog/robertlobato/?p=14056) é o seguinte: buscar espaços no governo Roseana Sarney (PMDB) sob intermediação do vice-governador Washington Luiz Oliveira (PT).
Um dos objetivos dos sempristas é emplacar Nonato Chocolate (PT) na Secretaria de Igualdade Racial. Chocolate formou-se nas trincheiras radicais-esquerdistas do PT, onde aprendeu a insultar e jogar pedras em qualquer coisa parecida com Sarney.
Em 2010, candidato a deputado federal, Chocolate fez dobradinha com Raimundo Cutrim (DEM) para deputado estadual e tirou fotos com os candidatos ao Senado Edison Lobão (PMDB) e Roberto Rocha (PSDB).
Passada a eleição, figura como um dos líderes do “Sempre PT”, o novo coletivo frito no óleo do pragmatismo. Diz o texto de apresentação: “hoje o PT está no governo de forma institucional através do vice-governador Washington Luiz, e não tem sentido o partido se recusar a enfrentar essa realidade que, diga-se de passagem, conta com a chancela do diretório nacional, do presidente Lula e da presidenta eleita Dilma Rousseff.”
O nome de batismo carrega o sentido da coisa. A palavra “sempre” não veio à toa. Significa uma disposição permanente para fazer alianças e acordos a gosto dos interessados.
Não se admire, caro(a) leitor(a), se em 2012 e 2014 o “Sempre PT” mudar de lado de novo, apoiando a oposição. É pau para toda obra e não surpreendeu ningúem. Não há qualquer novidade.
Apenas juntaram vários pedaços do PT e serviram o prato em um jantar ao vice-governador Washington Oliveira, operador da aliança com o grupo Sarney no Maranhão.
DELATOR E DELATADO
Um dos signatários do semprismo é um assessor tucano do ainda deputado federal Roberto Rocha (PSDB). Ele ficou famoso em meados de 2005, delatando os próprios companheiros do PT, quando estourou o escândalo do mensalão.
Em 2005, com o governo Lula caindo em desgraça, o assessor tucano e ex-tesoureiro do PT teve seus cinco minutos de fama na TV Mirante, no jornal O Estado do Maranhão, na Folha de São Paulo e na Internet para denunciar o PT do Maranhão num suposto esquema de caixa 2 (veja imagem acima e clique para ler a matéria).
Após as denúncias, o PT virou estrela na sede da Polícia Federal, onde vários dirigentes foram depor como se fossem bandidos. Segundo as acusações do ex-tesoureiro, o esquema no Maranhão era comandado por Washington Luiz Oliveira, uma espécie de quadrilheiro vermelho consorciado à máfia da direção nacional do PT.
Depois de entregar os próprios companheiros, o delator escreveu um artigo no qual anunciava sua despedida do partido de Lula. O texto começava assim: “O PT caducou. Com apenas vinte cinco anos, caducou. Não consegue discernir o que quer, por não saber mais o que é. Enfim, está com o mal de Alzheimer.”
E prosseguia:
“O PT se transformou numa coisa privada da mais reacionária possível. Palavras de ordem sagradas de ontem, hoje são tratadas como heresia pela cúpula stalinizada, seja no diretório estadual, seja no nacional.
Sobre hipocrisia no PT:
“Saio porque cansei de tanta desfaçatez, dos discursos hipócritas de um partido que faz pior do que o governo anterior e mesmo assim ainda tem o cinismo de afirmar que está mudando o país.
Demonizando Lula:
“...costumávamos escutar com alegria e emoção as palavras que saiam daquela voz rouca (Lula), cujo dono chegou a afirmar que preferiria a morte a chegar na presidência e fazer tudo igual ao seu antecessor.
“Talvez Deus só não o castigou severamente pelo fato de observar que o cara (Lula) realmente não está fazendo o mesmo: mas, pior”
Ao analisar as mudanças no partido, vaticinou:
“me convenceram de que o PT vai passar pra história como a maior mentira política de todos os tempos do Brasil.”
Depois desta memorável obra, o delator foi abrigar-se em uma assessoria do deputado federal Roberto Rocha (PSDB), militando no ninho anti-petista.
Tempo vai tempo vem, o governo Lula se recupera e começa a dar certo. O que fez o delator? Refiliou-se ao PT e permaneceu na sombra do PSDB, “sempre” à espreita de um dos lados ganhar.
Com a vitória do grupo Sarney, ajudado por Roberto Rocha, que colaborou na derrota de José Reinaldo (PSB) na disputa pelo Senado, começa a haver uma reaproximação entre sarneístas e tucanos, com a participação da metade do PT, militante no arrastão do vice-governador Washington Oliveira.
O “Sempre PT” está presente no arrastão do Oliveira. Olhe aí o lero-lero no final do texto: “Esse coletivo se propõe a contribuir com o conjunto do PT de forma solidária, democrática e autônoma. Não será um grupo fechado e nem se negará a discutir com quaisquer forças políticas interna que, igualmente, desejam escrever uma nova página na história do PT maranhense.”
E veja como ficam bem o delator e o delatado (primeiro e terceiro na foto) confraternizando-se neste final de 2010. Esse PT...
Veja o blogue do Ed Wilson, aqui.
Enviado por Erionaldson, o que não morreu!
Um dos objetivos dos sempristas é emplacar Nonato Chocolate (PT) na Secretaria de Igualdade Racial. Chocolate formou-se nas trincheiras radicais-esquerdistas do PT, onde aprendeu a insultar e jogar pedras em qualquer coisa parecida com Sarney.
Em 2010, candidato a deputado federal, Chocolate fez dobradinha com Raimundo Cutrim (DEM) para deputado estadual e tirou fotos com os candidatos ao Senado Edison Lobão (PMDB) e Roberto Rocha (PSDB).
Passada a eleição, figura como um dos líderes do “Sempre PT”, o novo coletivo frito no óleo do pragmatismo. Diz o texto de apresentação: “hoje o PT está no governo de forma institucional através do vice-governador Washington Luiz, e não tem sentido o partido se recusar a enfrentar essa realidade que, diga-se de passagem, conta com a chancela do diretório nacional, do presidente Lula e da presidenta eleita Dilma Rousseff.”
O nome de batismo carrega o sentido da coisa. A palavra “sempre” não veio à toa. Significa uma disposição permanente para fazer alianças e acordos a gosto dos interessados.
Não se admire, caro(a) leitor(a), se em 2012 e 2014 o “Sempre PT” mudar de lado de novo, apoiando a oposição. É pau para toda obra e não surpreendeu ningúem. Não há qualquer novidade.
Apenas juntaram vários pedaços do PT e serviram o prato em um jantar ao vice-governador Washington Oliveira, operador da aliança com o grupo Sarney no Maranhão.
DELATOR E DELATADO
Um dos signatários do semprismo é um assessor tucano do ainda deputado federal Roberto Rocha (PSDB). Ele ficou famoso em meados de 2005, delatando os próprios companheiros do PT, quando estourou o escândalo do mensalão.
Em 2005, com o governo Lula caindo em desgraça, o assessor tucano e ex-tesoureiro do PT teve seus cinco minutos de fama na TV Mirante, no jornal O Estado do Maranhão, na Folha de São Paulo e na Internet para denunciar o PT do Maranhão num suposto esquema de caixa 2 (veja imagem acima e clique para ler a matéria).
Após as denúncias, o PT virou estrela na sede da Polícia Federal, onde vários dirigentes foram depor como se fossem bandidos. Segundo as acusações do ex-tesoureiro, o esquema no Maranhão era comandado por Washington Luiz Oliveira, uma espécie de quadrilheiro vermelho consorciado à máfia da direção nacional do PT.
Depois de entregar os próprios companheiros, o delator escreveu um artigo no qual anunciava sua despedida do partido de Lula. O texto começava assim: “O PT caducou. Com apenas vinte cinco anos, caducou. Não consegue discernir o que quer, por não saber mais o que é. Enfim, está com o mal de Alzheimer.”
E prosseguia:
“O PT se transformou numa coisa privada da mais reacionária possível. Palavras de ordem sagradas de ontem, hoje são tratadas como heresia pela cúpula stalinizada, seja no diretório estadual, seja no nacional.
Sobre hipocrisia no PT:
“Saio porque cansei de tanta desfaçatez, dos discursos hipócritas de um partido que faz pior do que o governo anterior e mesmo assim ainda tem o cinismo de afirmar que está mudando o país.
Demonizando Lula:
“...costumávamos escutar com alegria e emoção as palavras que saiam daquela voz rouca (Lula), cujo dono chegou a afirmar que preferiria a morte a chegar na presidência e fazer tudo igual ao seu antecessor.
“Talvez Deus só não o castigou severamente pelo fato de observar que o cara (Lula) realmente não está fazendo o mesmo: mas, pior”
Ao analisar as mudanças no partido, vaticinou:
“me convenceram de que o PT vai passar pra história como a maior mentira política de todos os tempos do Brasil.”
Depois desta memorável obra, o delator foi abrigar-se em uma assessoria do deputado federal Roberto Rocha (PSDB), militando no ninho anti-petista.
Tempo vai tempo vem, o governo Lula se recupera e começa a dar certo. O que fez o delator? Refiliou-se ao PT e permaneceu na sombra do PSDB, “sempre” à espreita de um dos lados ganhar.
Com a vitória do grupo Sarney, ajudado por Roberto Rocha, que colaborou na derrota de José Reinaldo (PSB) na disputa pelo Senado, começa a haver uma reaproximação entre sarneístas e tucanos, com a participação da metade do PT, militante no arrastão do vice-governador Washington Oliveira.
O “Sempre PT” está presente no arrastão do Oliveira. Olhe aí o lero-lero no final do texto: “Esse coletivo se propõe a contribuir com o conjunto do PT de forma solidária, democrática e autônoma. Não será um grupo fechado e nem se negará a discutir com quaisquer forças políticas interna que, igualmente, desejam escrever uma nova página na história do PT maranhense.”
E veja como ficam bem o delator e o delatado (primeiro e terceiro na foto) confraternizando-se neste final de 2010. Esse PT...
Veja o blogue do Ed Wilson, aqui.
Enviado por Erionaldson, o que não morreu!
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