Acossado pela crise financeira global que começou em 2008 e mastigou o PIB de 2009, o governo adotara medidas que alteraram o modelo econômico vigente.
O Brasil migrou do capitalismo para o crediário. Passaram a existir apenas dois tipos de brasileiros: os credores, poucos, e os devedores, muitíssimos.
A bugrada levou ao altar o deus 'Aprazo'. E passou a entrar em todos os templos do consumo que traziam na porta a tabuleta “sem entrada”.
Pois bem. Num instante em que o Éden do ‘A prazo’ parecia eterno, o BC injetou no paraíso a serpente da inadimplência.
Para evitar que muitos incorram no pecado da falta de pontualidade, o governo anunciou medidas restritivas do crédito. Aqui, os detalhes.
Henrique Meirelles, o presidente do BC, disse que o movimento tem um "caráter macroprudencial”.
Coisa que não se confunde com a microprudência de medidas complementares –a alta dos juros, por exemplo.
Num português das ruas, pode-se dizer: havia sobre a mesa uma sopa quentinha e farta. Num sorvo de gigante, o BC engoliu R$ 61 bilhões que estavam no prato.
Ou seja: quem comeu, comeu. Quem não comeu, não come mais. Ou, por outra, para se servir, terá de pagar juros, digamos, apimentados.
Do Blogue do Josias.
Enviado por Eri Santos Castro.
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