4 de nov. de 2010

Sakineh não é executada, diz ONG

Ativista diz que hora de execuções no Irã já passou e condenada permanece viva

A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por adultério e por cumplicidade no assassinato do marido, não foi executada nesta quarta-feira, 3, como se previa, informou a ONG Comitê Internacional contra Apedrejamento.
Reprodução/freesakineh.org
Reprodução/freesakineh.org
 
Caso de Sakineh ganhou repercussão mundial graças ao seu advogado

A porta-voz do Comitê, Mina Ahadi, indicou que "a hora das execuções no Irã já terminou e Sakineh continua viva". Ela ressalta, no entanto, que a prisioneira pode ser executada a qualquer momento, "como amanhã, nos próximos dias ou na próxima semana".
Sakineh foi condenada em 2006 por manter relações ilícitas com dois homens após ficar viúva, o que, segundo a lei islâmica, também é considerado adultério. Primeiramente a pena foi de 99 chibatadas, depois convertida em morte por apedrejamento. Posteriormente o apedrejamento foi suspenso continua sendo avaliado pela Justiça, mas a pena de morte segue vigente e deve ser cumprida com o enforcamento.
Em julho deste ano, seu advogado Mohammad Mostafaei tornou público o caso em um blog na internet, o que chamou a atenção da comunidade internacional. Perseguido pelas autoridades iranianas, ele fugiu para a Turquia, de onde buscou asilo político na Noruega.
O governo brasileiro ofereceu refúgio a Sakineh, o que foi rejeitado por Teerã. A pena de morte foi mantida por um tribunal de apelações, que acrescentou ao caso a acusação de conspiração para a morte do marido.

Com o Estadão e Agências Internacionais.
Enviado por Eri Santos Castro.

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