7 de out. de 2010

O QUE A HUNGRIA E SÃO LUIS SE DIFERENCIAM DO LIXO INDUSTRIAL DO ALUMINIO ?


                                   Uma tragédia recentemente acontecida na Hungria, decorrente do vazamento de uma “lama vermelha” altamente corrosiva por se tratar de um tipo de lixo industrial, de natureza tóxica, resultante da produção do alumínio, considerando o fato que as autoridades ambientais desse país são bem mais sérias que as nossas daqui, da capital maranhense, e, por conseguinte do estado do Maranhão, nos remete a uma oportuna reflexão.
Uma indústria de alumínio do tipo da Unidade da Alcoa de São Luis, que recebeu medalhas da Câmara de São Luis e da Assembléia Legislativa, sob alegação de que cuida bem da natureza, considerando o fato de que as nossas ditas autoridades ambientais maranhenses e muito menos os nossos vereadores e deputados, jamais tiveram autorização de verificar “in loco”, como, a custo praticamente zero, há mais de trinta anos continua sendo armazenado esse altamente tóxico, lixo industrial conhecido como “lama vermelha”, a titulo de “compensação ambiental” entregou ao órgão ambiental do Maranhão, mais de R$ 20 milhões e um Laboratório de Pesquisas Ambientais sob quatro rodas, porém expressando a proibição de que tal laboratório jamais adentrasse as dependências da Unidade da Alcoa de São Luis.
                                 Essa é a indústria de alumínio, sem qualquer fiscalização funcionando a partir de uma inconseqüente expansão operacional, com essa atividade gerando uma preocupante carga de lixo industrial armazenada numa frágil ilha, abrangendo as terras rurais e um cinturão hidrográfico importante em território da capital maranhense, dessa forma enganando com “suspeitos benfazejos”, as nossas ditas autoridades públicas ambientais, vereadores, deputados estaduais e federais, e senadores da republica.
                                 Os próprios licenciamentos ambientais, da maneira como continuamente estão sendo concedidos pela prefeitura da capital São Luis, ou mesmo pelo órgão ambiental do governo maranhense, demonstram que ilegalidades sem precedentes estão sendo acobertadas, em desrespeito dos vários indícios de contaminação observada nos lençóis freáticos, e nos ecossistemas envolvidos.
                                 Se na Hungria apesar da fiscalização rigorosa considerando a corrosão e toxicabilidade do lixo industrial da produção do alumínio, aconteceu uma fatalidade, imaginemos aqui em São Luis acontecendo essa tragédia, onde fiscalização sobre essa mesma atividade não existe, e uma tragédia sem precedente está para acontecer

(frente comunitária da gleba tibiri-pedrinhas, e outros*, e-mail:frecom_tp@hotmail.com)

Por Pedro Gomes.
Enviado por Er Santos Castro. 

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