Como personagens desse processo não podemos nos dar ao luxo de fazer um discurso desagregador - embora devamos demarcar nossas diferenças para trabalharmos pela convergência; se pensássemos todos iguais, as oposições já estariam juntas desde o primeiro turno.
O fato é que as oposições não têm força para fazer barba-cabeça-bigode (ao mesmo tempo eleger governador e dois senadores)! Se tivessem, não ocupariam as posições que têm hoje nas pesquisas (nas deles e nas nossas!).
Um movimento inteligente rumo à unidade no segundo turno seria já no primeiro turno Jackson e Flávio pedirem votos para apenas dois senadores (um de cada chapa). Com senador(es) eleito(s) teríamos mais força junto ao Planalto, às direções partidárias nacionais, para neutralizar as sabotagens por virem no segundo turno.
Mas sabemos das dificuldades de se bancar politicamente isso. Vai falar para Adonilson (PCdoB) retirar? Roberto (PSDB)? Vidigal (PSDB)? Zé Reinaldo (PSB)? (ordem aqui rigorosamente alfabética). Então, protagonizam o papel na disputa ao Senado do que chamo de crônica de uma derrota anunciada. Uns vão perder perdendo, outros vão perder ganhando, como diria o Tancredo Neves. História que poderia ser escrita diferente pelos protagonistas. Embora eu ainda nutra esperanças de que o povo possa fazer o que os nossos candidatos não estão conseguindo.
Tal como vem discursando Jackson Lago, o certo é firmarmos o compromisso da unidade das oposições. O que também vem reforçando pelo Marcio Jerry-coordenador da campanha de Flávio:
"Só há uma possibilidade de a oposição não se unir, que é no caso de Jackson e Flávio estiverem disputando um contra o outro no segundo turno. Caso isso não aconteça, se for o Jackson, ele terá o apoio de Flávio, e se for o Flávio ele terá o apoio do Jackson”. (Blog do John Cutrim)
Esse é o rumo político e eleitoral quanto à campanha. É o duplo equilíbrio, como escreveu Haroldo Saboia (ver aqui)
Quanto ao governo, vale o que Emílio Azevedo nos mostra em seu artigo (aqui): sem a organização popular, ambos os governos serão sitiados pelos "balaios" que rapidamente voltaram a ser barricas e, uma vez derrotados nas urnas, votarão freneticamente a ser "balaios" ou "neocomunistas"! Como passarinhos em busca de alpiste...
É isso.
Por Franklin Douglas.
Enviado por Eri Santos Castro.
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