4 de jul. de 2010

Polarização nacional guia arquitetura de disputas regionais

O IG fez um excelente trabalho de levantamento da situação política nos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal, vou publicar a situação de alguns dessas situações. Começo com o Maranhão e Amapá.

A corrida pela vaga do Palácio dos Leões ficou indefinida até os últimos dias antes do prazo final para a realização das convenções. Com a definição do apoio do PPS, a coligação que traz Flávio Dino (PC do B) à disputa do governo do Maranhão abandonou a aliança com o PDT, PSDB e PTC e se firmou agora em PC do B, PSB e PPS. A chapa majoritária ainda traz a candidata à vice, a psicóloga e professora Miosótes Lúcio há 19 anos no partido, além do ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) e o historiador e advogado Adonilson Lima (PCdoB) para as vagas de senadores. Roseana Sarney (PMDB), que assumiu após a cassação do ex-governador Jackson Lago, tenta a reeleição com o apoio de uma ampla coligação integrada por 16 partidos, com destaque para PMDB e PT. O DEM oficializou o apoio à candidata na reta final. A chapa majoritária de Roseana ainda traz para senador o ex-ministro das Minas e Energia Edison Lobão (PMDB) e o atual vice-governador, João Alberto (PMDB). O PSTU lançou Marcos Silva (PSTU) na disputa ao governo do Estado e Hertz Dias para vice. O partido, que não fez nenhuma coligação, lançará nomes para as duas vagas ao Senado: o funcionário público Luís Carlos Noleto e a professora Claudicea Durans. Jackson Lago (PDT) é candidato ao governo do Maranhão com a bandeira de ‘livrar o estado da oligarquia que completa quase meio século sob o comando da família Sarney’. A sua chapa, que perdeu o apoio do PPS, é coligada em nível estadual com o PSDB e nacional com o PT, traz o pastor evangélico Luís Carlos Porto (PSDB) para vice e o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal e o deputado federal Roberto Rocha como candidatos ao Senado.

Principal representante do PMDB no Amapá, o presidente do Senado, José Sarney, é um aliado de confiança do PT em nível nacional. Desde o primeiro turno da eleição de 2002, apoia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No Estado, porém, Sarney deixou que seu PMDB fizesse aliança com o PSDB, numa situação parecida com a do senador Romero Jucá em Roraima. Presidente do PMDB no Amapá, o senador Gilvam Borges tentará a reeleição na chapa encabeçada pelo candidato ao governo Jorge Almanajás (PSDB). A outra vaga ao Senado ficou com Papaleo Paes, senador tucano que tenta a reeleição. De novo, o principal adversário do grupo de Sarney será família Capiberibe. Ex-prefeito de Macapá, Camilo Capiribe (PSB) terá o apoio do PT para disputar o governo. O pai dele, João Capiberibe, tentará retornar ao Senado depois de ter sido cassado, em 2004, sob a acusação de ter comprado dois votos por R$ 26. Governador nos últimos sete anos e meio, Waldez Góes (PDT) renunciou em abril para disputar o Senado. Para o governo, ele apoia Pedro Paulo (PP), vice que assumiu o comando do Estado e tentará a reeleição.

Sugestão de pauta: Ricardo Ferro.
Da equipe IG.
Enviado por Eri Santos Castro.

Um comentário:

Ricardo Melo disse...

Só para completar o panorama político aqui no Maranhão, segue minhas observações. José Reinaldo Tavares não está com naaada! Ele tentou se segurar com Flávio Dino e Birá do Pindaré, até o chamaram de “cerca velha” e o cara ainda se candidata ao senado... Pelo amor de Deus! Lamentável... Essa é a fraca política aqui no Maranhão. Zé não tem pulso firme, coragem, força para seguir um trabalho político sozinho. Adonilson Lima está apagado. Agora, Edison Lobão, esse sim é um forte candidato. Lobão foi ministro de Minas e Energia, é candidato à reeleição ao senado e tem apoio do presidente Lula.