3 de set. de 2009

A exemplo de Sarney, Collor alcança a ‘imortalidade’


No campo das letras, o senador Fernando Collor é, por assim dizer, um sem-livro.

A despeito disso, acaba de ser guindado à condição de imortal.

Em eleição sem adversários, Collor tornou-se membro da Academia Alagoana de Letras.

Agora, além da condição de ex-presidente da República, tem algo mais em comum com José Sarney, membro da Academia Brasileira de Letras.

Para contornar a inanição editorial, Collor submeteu à academia alagoana um lote de sete encadernações. Nada que possa ser encontrado em bibliotecas ou livrarias.

São coletâneas de artigos, discursos e até planos de governo. Numa brochura, lê-se um discurso de 2007, editado pela Gráfica do Senado.

Chama-se “Relato para a História: a Verdade sobre o Processo do Impeachment". Os acadêmicos alagoanos deram-se por satisfeitos.

Eram 39 os eleitores da academia. Apenas 30 deram as caras. A votação foi secreta. Collor amealhou 22 votos. Oito preferiram deixar a cédula em branco.

Collor não assistiu à própria eleição. Mandou representante. Vai à cadeira de número 20, que pertencia ao médico-poeta Ib Gatto. Deve tomar posse em outubro.

Do blogue do Josias de Souza.

Enviado por Eri santos Castro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quanto sinismo. Esse tom sarcástico nao colabora em nada....