22 de jun. de 2009

Neda, o símbolo da resistência iraniana



Neda, iraniana, 16 anos de idade, na rua com o pai, pedindo apenas liberdade. De repente, uma bala encerrou a sua luta, a sua vida.
Não podemos mais olhar para o crise do Irã com indiferença. Como se fosse alguma coisa que não nos diz respeito. Uma coisa longe demais para nos interessar. É que ali não se discute mais quem ganhou uma eleição ou quem perdeu. Discute-se se pode existir – no Irã ou em qualquer outro lugar do mundo – um governo que seja o açougueiro do seu próprio povo, que leve ao martírio pessoas cujo único crime foi o de desejar viver. Com liberdade. Como gente.
Tem-se dito, inclusive no Brasil, que – em nome do respeito à independência e autonomia dos outros países – devemos deixar esse problema para ser resolvido pelo povo do Irã.
Acontece que o povo do Irã já assumiu o problema. Está na rua, lutando, cantando, berrando, protestando, exigindo e morrendo, como Neda. O problema do povo iraniano, portanto, já foi assumido pelo povo iraniano. Mas, apesar da sua bravura, aquele povo está só. Precisa de solidariedade. De apoio de toda a humanidade.
Falamos muito hoje em fome no mundo, em distribuição de renda, em injustiça social. Mas, não pode haver nada pior do que o que está acontecendo no Irã – a selvageria, a barbárie de um ditador que terminou mostrando a sua verdadeira face: a face de um novo Hitler, que se instala no poder em pleno Século XXI e ainda encontra governos que mostram simpatia por ele, que o toleram e procuram entender, em nome sabe Deus de que interesses.
Se você for forte o bastante, vá ao YouTube, na linha onde está a palavra SEARCH digite 'NEDA IRAN'. Se o seu coração não for de pedra, você vai ter vontade de chorar.
Postado por Eri Santos Castro.

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