13 de mai. de 2009

'Que a volta do PT não se dê por isso', diz Tarso

O melhor PT do país é o gaúcho. Sua democracia interna é apuradíssima, ao ponto que o então prefeito Tarso foi impedido de ir pra reeleição, simplesmente porque o partido achou que outro nome deveria disputar a eleição, que no caso foi Raul Pont. O ministro Tarso Genro está em primeiro lugar nas pesquisas para governador e comentou ontem que a volta do PT não deverá ser pelos problemas da governadora Yeda Crusius (PSDB), mas pelas qualidades e ideias que movimentam o seu partido. No Maranhão a volta do antigo grupo se dar pela força da tapetão e pela criminalização da política. Civilização ou barbárie? -Barbárie total.

Recentemente o presidente do PT Ricardo Berzoini declarou que o PT poderia apoiar um candidato do PMDB a governador, no Rio Grande do Sul. Isso não é a posição do partido, é uma posição isolada do seu presidente que reproduz as inquietudes do ex-ministro Zé Dirceu para com Tarso. O Tarso quando assumiu a presidência do PT, no episódio do mensalão, defendeu o afastamento de Dirceu do PT e uma espécie de refundação do partido. Dirceu não saiu do partido e Tarso renunciou a presidência.

Deu no Estadão
Pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul, o ministro da Justiça, Tarso Genro, esquivou-se de comentar as denúncias contra sua adversária política no Estado, a governadora Yeda Crusius (PSDB). Ela é suspeita de montar um esquema de caixa 2 e desvio de recursos na campanha de 2006.

Ao chegar à Câmara dos Deputados para participar de audiência pública, disse apenas que o assunto é de competência do Ministério Público e da Justiça."Não devo manifestar minha opinião sobre esse assunto, porque é um assunto de competência do Ministério Público estadual e envolve um conflito político do Estado.

O Ministério da Justiça não deve se envolver, até porque, na origem desse conflito, também tem um trabalho da Polícia Federal, isento e técnico, que em uma oportunidade examinou a questão", afirmou.

O ministro, pré-candidato a governador em 2010, disse que não espera que o PT volte a comandar o Estado beneficiado apenas pelo escândalo que envolve a atual governadora. "Espero que a volta do PT não se dê por isso", disse. E recusou-se a comentar a possibilidade da instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa, como defende a oposição, para investigar o assunto.

Tarso disse que o Ministério Público não tem poderes para "divulgar ou não o que quer que seja" em relação às denúncias contra a governadora. "O trabalho foi feito, está no Poder Judiciário. É essa autoridade que decide divulgação de informações ou não que constam do processo", afirmou o ministro, na audiência.

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