As viagens de Gulliver, escrito pelo irlandes Jonathan Swft em 1726, narra bizarras aventuras do navegador que dá nome ao livro. Em uma delas, Gulliver naufraga e vai parar na ilha de Lilliput, habitada por seres minúsculos, frívolos e sempre em guerra por futilidades. Fosse vivo hoje e tivesse nascido no Maranhão, talvez Swift ambientasse as aventuras não em uma ilha imaginária, mas nas guerras intestinas dos Encontros e Congressos do PT maranhense.
O PT do Pará e do Piauí alcançaram o poder , em grande medida, devido a sua unidade. Os governadores desses Estados, têm origem nos setores de serviços, pois tal como o Maranhão tratam-se de economias não industrializadas. Mas, lá o partido tem projeto. E por acaso aqui não temos também. Temos de ter uma relação propositiva com as demais forças da oposição no Maranhão e rechaçar quaisquer alianças com o grupo Sarney, sob pena de desaparecermos enquanto alternativa real de poder.
Se partidos menos consistentes ideologicamente não se submeteram a lógica da oligarquia, por que o PT se submeteria? É o caso do PSDB maranhense, que quando FHC era presidente e Sarney Filho seu ministro houve uma enorme pressão do Planalto para o partido local coligar com o grupo Sarney em 98. O partido não se ajoelhou e apoiu a oposição, elegendo pela primeira vez três deputados federais ( Roberto,Castelo e Madeira). Em 2002 para não entregar o partido para o grupo Sarney, Roberto Rocha renuncia uma eleição garantida de deputado federal, para ser candidato a governador.
Portanto, acredito que a principal missão do PT na atual conjuntura é ser protagonista da ruptura definitiva do sistema oligárquico que reina no Estado há mais de quatro décadas, proporcionando a constituição de um novo bloco histórico com a efetiva participação dos trabalhadores maranhenses. Assim sendo, o PT é chamado pela história a oferecer um dos seus quadros para ser candidato a governador do Estado, até mesmo para inibir as abordagens do grupo Sarney e até ter peso forte na construção da unidade de todas as oposições. Vejo quatro nomes relevantes para esse processo: Bira, Dutra, Terezinha e Washington. Três destes , inclusive já disputaram eleições majoritárias.
Bira já provou que tem contato com as amplas massas. Dutra é um verdadeiro guereiro. Terezinha e Dilma tudo a ver. Washington além de ser nome estadualizado, tem forte relação com os movimentos sociais. Não vamos nos apequenar, sejamos do nosso próprio tamanho. De pé pelo Maranhão!
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