'Mensagem ao Partido' (Ministro Tarso Genro e dep. federal Eduardo Cardoso) e 'Articulação de Esquerda' ( Valter Pomar e dep. federal Ireny Lopes) estaria de fora dessa nova maioria
Está em curso uma operação dirigida pelo próprio Zé Dirceu, em função do projeto nacional de eleger o presidente e aumentar a bancada petista no Congresso, entregar os palanques estaduais ao PMDB, salvo governos já dirigidos pelo PT. No espaço aberto por esses receios movimentam-se, entre outras, as postulações de Lindberg Farias (RJ), de Patrus Ananias (MG), de Fernando Pimentel (MG) e do próprio Tarso.
A cobra vai fumar e o pau vai cantar
O movimento mais recente em Brasília pretende juntar todas as tendências centristas do PT numa única chapa nas próximas eleições internas, o que nos cálculos dos articuladores da proposta daria hoje cerca de 70% da sigla. Ficariam fora, além de pequenos grupos mais à esquerda, a Articulação de Esquerda e a Mensagem ao Partido, de Tarso. Com a força política resultante dessa convergência, a nova direção partidária teria os meios para implantar regionalmente seu aliancismo.
Trata-se, na prática, de um movimento da 'Articulação', corrente de opinião do PT, de retomada da hegemonia interna . O PT nasceu nos anos 80 como um partido de grupos, diferente dos similares da esquerda tradicional. Naquele momento, as correntes internas representavam uma força propulsora, pois a exigência prévia de unidade política e ideológica certamente teria tolhido o crescimento partidário. Mas agora a estrutura de tendências talvez tenha se tornado um entrave à sigla que controla o poder federal. O raciocínio: se cada tendência coloca seu projeto eleitoral em primeiro plano, quem vai cuidar do projeto do PT, que é continuar no Palácio do Planalto?
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