Jackson sai pela porta
da frente e a luta continua
Por Flankli Douglas
"Mudamos de local, mas a resistência continua. A luta continuará nos partidos, nos movimentos sociais, nos parlamentos, no STF", anunciou Jackson Lago a desocupação dos Palácio dos Leões, na plenária geral do Movimento Balaiada pela Democracia. Antes de Jackson, os movimentos sociais posicionaram-se sobre a resistência popular ao golpe da oligarquia Sarney, dentre eles:
Vale Protestar/Movimento de jovens Xô, Rosegana - "A resistência não começou no governo Jackson. Ela vem antes, continuou no governo Jackson e persistirá depois. É a resistência a uma oligarquia que durante 40 anos só empobreceu o Maranhão e enriqueceu o próprio bolso" (Emilio Azevedo)
MST - "A resistência continuará nas lutas sociais, nas ruas. Ela começou na primera Balaiada, quase dois séculos atrás, e não terminará hoje. Resistir e lutar por um Maranhão livre, igualitário, popular, com terra, trabalho e pão para todos e para todas foi a luta de Negro Cosme, de Maria Aragão, de Willian Moreira Lima. Tem sido a motivação de Neiva Moreira, Freitas Diniz, Manoel da Conceição, Wagner Baldez. Será a motivação de todos nós. Continue contando com os sem-terras governador legítimo do povo maranhense, Jackson Lago" (Jonas Borges)
Movimento de Moradia - "Essa velha oligarquia deu um golpe via o judiciário, mas jamais golpeará nossa esperança, resistência e capacidade de sonhar e lutar pela liberdade do Maranhão" (Carlito Reis)
Conselhos de Políticas Públicas - "Nossa luta continua. Estamos aqui exercendo nossa cidadania, Nossa participação. Isso o seu governo potencializou, o espaço do conselhos e da participação do população, das organização. Na segurança cidadã, então, é inédito abrir a segurança pública ao controle social. Por isso continuaremos a resistência. Os conselhos serão nossa trincheira." (Padre Vitor Asselin - fundador da CPT, do Conselho de Segurança Cidadã e falando em nome dos diversos conselhos estaduais de políticas públicas)
Bancada Estadual na Assembléia Legislativa - "A região tocantina está de luto. Lá, pesquisa feita aponta 95% contrários a este golpe. Mas aguardaremos 2010 para dar o troco. Não estamos derrotados, apenas deram um freio nos avanços que o Jackson truxe. Mas vamos resistir, vamos gritar para o Brasil e o mundo ouvir, vamos até dize ao Presidente Lula que o Maranhão não quer essa velha oligarquia e não nada deterá em continuar a luta de 40 anos para novamente derrotá-la nas urnas. Jackson você continua sendo legitimamente o governador do coração dos maranhenses de bem deste estado!" (Deputado Estadual Valdinar Barros - PT)[Diversos deputados estaduais acompanharam a plenária, dentre eles Edivaldo Holanda (PTC), Chico Leitoa (PDT), Afonso Manoel (PSB), Eliziane Gama (PPS), Valdinar Barros (PT), Mauro Jorge (PMN)]
Bancada federal - "Essa cidadã filha do anti-Cristo não seria governadora se nossos aliados na Assembleia Legislativa tivessem reivindicado o direito de eleger o novo governador, depois da decisão da Justiça Eleitoral. Vamos desocupar o Palácio e entregar as chaves ao presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, para mostrar nosso respeito à decisão do TSE, mas ainda há outros recursos no STF. o próprio TSE não é possível que não será julgada a ação que pede a cassação de Roseana, ré confessa de prática de crime eleitoral. É ilegítimo o mandato de Roseana Sarney, pedido ao pai - presidente do Senado, José Sarney, para pressionar os tribunais superiores e entregue pela tia, Nelma Sarney, presidente do TRE. Vamos continuar resistindo, na justiça, nas ruas, nas urnas em 2010. Lá vamos dar o troco nessa oligarquia" (Deputado federal Domingos Dutra - presidente estadual do PT)[também estiveram na plenária os deputados federais Julião Amin (presidente do PDT), Roberto Rocha (presidente do PSDB) e Ribamar Alves (PSB)
Oração Latina com César Teixeira
Aos gritos de "Xô Satanás, Sarney nunca mais", "Jackson guerreiro, do povo brasileiro", mais de 1.000 militantes dos diversos movimentos sociais cantaram o hino dos movimentos sociais maranhenses -Oração Latina - interpretado pelo seu próprio autor, o cantor César Teixeira.
Jackson e o seu governo
Após César Teixeira, Jackson Lago agradeceu ao prefeitos presentes, vereadores, deputados, movimentos sociais e anunciou a saída do Palácio dos Leões: "Mudamos de local, mas a resistência continua. Inclusive na justiça, onde ainda temos outros processos em análise".Jackson enumerou as promessas que cumpriu à frente do governo estadual:"Nunca a região tocantinha foi tão assistida. Construímos a ponte da liberdade, ligando Imperatriz ao estado de Tocantins.
O dinheiro público foi utilizado para as políticas públicas, por isso foi possível recuperar nossas principais estradas. Prometemos 04 socorrões, fizemos um em Presidente Dutra junto com a prefeitura de lá, e ainda deixamos dois pagos: um em Imperatriz e outro Pinheiro. Tudo isso em dois anos, o que mostra que poderíamos fazer mais que o prometido. As 164 escolas que entregamos, quando em 08 anos ela só fez 03, mostra que faríamos muito mais pela Maranhão não tivesse esse sede de poder da oligarquia nos atrapalhado".
Jackson e a política
Ele também avaliou politicamente a situação:"Este golpe nos indica algumas lições. Lições, por exemplo, de que mais do que nunca devemos nos unir aos movimentos sociais, unir os partidos democráticas, nos unir em defesa das lutas democráticas. É um freio para que façamos algumas reflexões e corrijamos alguns erros para mantermos a luta de Maria Aragão, Willian Moreira Lima, Manoel da Conceição e tantos de nossos lutadores contra esta velha oligarquia. Mudamos de local, mas manteremos a resistência!"Jackson entregou a sede do governo ao presidente do Tribunal de Justiça, demonstrando que o prédio encontra-se em perfeita integridade física. Em seguida, em passeata, os movimentos sociais conduziram Jackson Lago à sede do PDT. "Retomamos esta nossa trincheira, para continuar a luta democrática pela liberdade do Maranhão", discursou Jackson.
A simbologia da queima do Judas
"Xô, Satanás. Sarney nunca mais!"Um boneco do senador amapo-maranhense José Sarney foi queimado em frente ao Palácio dos Leões. O boneco foi a principal figura de satisfação do poder do velho oligarca utilizado nas carreatas, passeatas e manifestações contra a oligarquia.
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