14 de fev. de 2009

Os 101 anos de um gênio

Os 101 anos de um gênio

O que distinguiria os homens senão a sua força criativa? Tanto na sua atividade profissional quanto na sua concepção de sociedade ele é um inventor. Oscar Niemeyer é defensor de uma sociedade com homens e mulheres socialmente iguais, humanamente distintos e totalmente livres. A posteridade costuma reverenciar esses poucos exemplares da raça humana.

Fico imaginando como medir a sua capacidade de ousar. Os valores plásticos, a inovação de paradigmas e a radicalização humanista denunciam suas criações. Assim como Brasília será a sua obra definitiva, o mundo reconhece o gênio. Ademais, ele assinou suas curvas em São Luís, numa praça, em homenagem a outro ser humano inventivo: a comunista Maria Aragão.

Anterior ao concreto, há o desenho, o esboço, o projeto. Niemeyer Ajudou a projetar o comunismo. Imaginem o que era ser comunista a 80 anos atrás? Não abriu mão de sua ideias, princípios e valores.

Recentemente o seu coração valente pulsou feroz. Não foi apenas a solidariedade ao amigo Jackson Lago, foi a repugnação ao atraso, a falta de ética e ao coronelismo que o fez se manifestar contra o golpe da cassação no Maranhão, que de acordo com a revista inglesa 'The Economist', os dinossauros ainda vagam.

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