18 de fev. de 2009

Euromar, Empresa Gonçalves e a classe empresarial maranhense

Tomo a iniciativa de publicar postagem de Robert Lobato sobre os escândalos financeiros praticados pela nossa burguesia, formada nesses 40 anos de domínio Sarney. O interessante de tudo isso é a impunidade negociada nos tribunais maranhenses. Por exemplo, todo mundo sabe quem é a madrinha de Alexandro Martins e por aí vai. Vamos à leitura da matéria.


Não bastassem os inúmeros escândalos que vez e outra tiram o sono de políticos, magistrados e autoridades públicas maranhenses , agora a bruxa anda solta no meio empresarial do estado.

O mais recente é o caso Euromar, que se forem atrás dos pormenores das traquinagens empresarias do seu presidente, Alexandre Martins, pode sobrar dor de cabeça para muita gente graúda de vários setores da economia e de diferentes tipos negócios, incluisve para as financeiras.
Infelizmente, a classe empresarial maranhense sofre com a ausência de gente que consiga, de uma só vez, compatibilizar competência e ética, e isso ocorre em todos os setores: comércio, serviços, indústria, produção etc.

Nossos empresários são pouco participativos, dinâmicos, muitos têm medo, ou sei lá o quê, de se manifestarem sobre temas polêmicos na política, no judiciário e mesmo em relação aos governos, ainda quando são tomadas inciativas contra os seus interesses.

Parecem que os ilustres representantes do setor produtivo maranhense são amarrados à interesses junto ao poder público que os deixam enfraquecidos. Daí que não se ver a Fiema e a Fecomércio, por exemplo, assumirem uma posição de vanguarda sobre temas que têm a ver com o processo de desenvolvimento do estado do Maranhão.

De uma forma em geral, as entidades empresariais maranhenses servem apenas como mero espaço de conforto e acomodamento de gente que se satisfaz com o status de ser “presidente” disso ou daquilo. Contribuição concreta com o presente e o futuro do Maranhão, nada.

Transporte Público: O caso Empresa Gonçalves

Em janeiro deste ano, um outro caso envolvendo fraude empresarial veio à tona. Dessa vez tendo como personagem a Empresa Gonçalves, concessionária de transporte público do município.

O caso da Empresasa Gonçalves consiste num meticuloso e bem armado esquema de corrupção através da fraudes de vale-transporte, que envolveria funcionários da Empresa Gonçalves, o Sindicato dos Rodoviários, além de autoridades responsáveis pela gestão do sistema de transporte público de São Luis, no caso a Secretaria Municipal de Transporte.

Segundo o próprio diretor Gilson Gonçalves, durante entrevista concedida à Rádio Mirante AM, no dia 21 de janeiro, já fazia seis meses que o esquema tinha sido descorbeto. “Os cobradores da empresa compravam créditos de um fornecedor. Quando descobri o fato, demiti alguns deles por essa conduta antiética. Como o fato continuou acontecendo, procurei o fornecedor e propus que ele negociasse com a empresa, em vez de passar aos cobradores”.

Passe Escolar

Depois que o diretor Gilson Gonçalves resolveu dar as declarações bombásticas sobre fraudes com o vale-transporte, que ocorria na sua empresa, algumas pessoas que conhecem o sistema admitem que o mesmo esquema poderia estar em curso com relação ao passe escolar.
Uma fonte confidenciou ao blog que o caso da Empresa Gonçalves é somente a “ponta do ice-berg”, e com certeza o esquema pode ter contaminado mais empresas de transportes a ponto de atualmente todo o sistema está comprometido e o esquema ter chegado também ao passe escolar.

Movimentação milionária

O fato é que o sistema de bilhetagem eletrônica é um negócio milionário e pode estar sendo mal gerido e mal fiscalizado, precisando de ajuste de gestão e controle pelas empresas de transportes coletivos e principalmente pela Secretaria Municipal de Transportes, que outorga concessão de linhas às empresas de ônibus urbanos.
Cabe ao atual prefeito João Castelo ficar de olho ou mesmo fazer uma operação “pente fino” no sistema de transporte urbano de São Luis que abranja desde as empresas de ônibus, fornecedores e ainda a empresa responsável pela bilhetagem eletrônica.
Em São Luis, os empresários de transporte devem passar a ter mais respeito com o poder público, já que sempre negligenciaram um serviço de qualidade, conforto e segurança aos usuários que dependem do único meio de transporte público de São Luis:o ônibus

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