Onde o diálogo suplanta a arrogância
A atitude do presidente americano, Barack Obama, de fechar os campos de detenção de Guantánamo, em Cuba, e as prisões secretas da CIA no mundo sinaliza definitivamente a mudança de foco da sua política de direitos humanos.Está proibido o afogamento simulado, um método no qual a pessoa, seitada de costas e imobilizada, recebe água dentro das vias respiratórias.A busca do diálogo e do entendimento serão metas na condução da política externa americana, revertendo o legado belicista de Bush. Ganha o mundo.
O símbolo do desacato aos direitos humanos, da intolerância religiosa e da arrogância do governo George W. Bush está enterrado.
Sobre o conflito na faixa de Gaza, Obama exortou Israel e o Hamas a manter o cessar-fogo de forma duradoura. Os EUA devem reconhecer a autoridade palestina e media o conflito histórico no oriente médio, assim como retirar as suas tropa no Iraque.
Somente agora termina a era Reagan
Ronald Reagan, em 1981, no seu discurso inaugural, decretou: "O governo não é a solução para nossos problemas; o governo é o problema". Estava decretado todo poder ao mercado, o Estado deveria ser mínimo.Por outro lado, o conceito que o Estado é a solução para tudo foi sepultado com a queda do muro de Berlim e a derrocada da URSS. Barack Obama introduz um pensamento fértil. Reconhece o papel criativo do mercado, mas sob o olhar do Estado. Diz que a capacidade do mercado de "gerar riqueza e estender a liberdade não tem igual". Mas acrescenta: "Sem um olho atento, o mercado pode descontrolar-se".Defende também a tese,de que prosperidade só vale se for para todos, inclusive do mundo inteiro, "um país não pode prosperar durante muito tempo quando só favorece aos que já são prósperos".
Acredito que somente agora que terminou a Era Reagan, iniciando outra: a era Obama. A combinação da criatividade do mercado com o olhar atento de Estado.
Depois de 10 presidentes, Cuba quer diálogo com Obama
A história recente de Cuba confunde-se com o enfrentamento com 10 presidentes norte-americanos. Entretanto, tanto Fidel quanto Obama dão sinais de que pode ter chegado a hora de o regime comunista se conciliar com os EUA. Agora Cuba não fala só e conta com a América Latina. Em dezembro, Cuba voltou integrar o Grupo do Rio, que agrupa os 34 países latino-americanos para o diálogo político.
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