Espaços vazios, amarras de metal
É longa a espera
nesta cruz que me tenho pregado
não há fuga
quando as amarras se misturam
nos pensamentos.
O friu dos metais
percorrem minha alma
uma forma violenta de segredo
este corpo onde habitei por anos
palavras penduradas nos desvãos das janelas.
Perco a luta de fugir deste poema
como perco a fuga deste quarto escuro, durmo.
E o silêncio me busca, me procura o cerco
dos espaços vazios que me sufocam
carentes de preenchimentos.