15 de jul. de 2008

Espaços vazios, amarras de metal

É longa a espera

nesta cruz que me tenho pregado

não há fuga

quando as amarras se misturam

nos pensamentos.

O friu dos metais

percorrem minha alma

uma forma violenta de segredo

este corpo onde habitei por anos

palavras penduradas nos desvãos das janelas.

Perco a luta de fugir deste poema

como perco a fuga deste quarto escuro, durmo.

E o silêncio me busca, me procura o cerco

dos espaços vazios que me sufocam

carentes de preenchimentos.