
Pela primeira vez na história o Brasil é credor externo
As contas externas de janeiro apresentaram duas faces. A boa notícia é que foi confirmado que o saldo dos ativos brasileiros no exterior, de US$ 203,190 bilhões, supera o valor da dívida externa, de US$ 196,207 bilhões, tornando o Brasil credor internacional. A ruim é que as transações correntes do balanço de pagamentos apresentaram, no mês, um déficit de US$ 4,292 bilhões, valor superior às expectativas.
A posição de credor externo do Brasil foi alcançada graças ao aumento das reservas internacionais, que, no final de janeiro, somavam US$ 187,507 bilhões. A manutenção dessas reservas tem um custo elevado, que se estima, para 2008, em R$ 19,540 bilhões, em conseqüência da diferença entre os juros que o governo paga por sua dívida interna (R$ 25,290 bilhões, incluindo swaps) e os que recebe como remuneração das reservas, que, admitindo uma taxa cambial de R$ 1,70 por dólar, deverá ser de R$ 5,75 bilhões. Quanto mais o real se valoriza, maior é o custo para o governo, ao mesmo tempo que uma redução da taxa básica de juros nos EUA diminui as receitas.
A posição de credor externo do Brasil foi alcançada graças ao aumento das reservas internacionais, que, no final de janeiro, somavam US$ 187,507 bilhões. A manutenção dessas reservas tem um custo elevado, que se estima, para 2008, em R$ 19,540 bilhões, em conseqüência da diferença entre os juros que o governo paga por sua dívida interna (R$ 25,290 bilhões, incluindo swaps) e os que recebe como remuneração das reservas, que, admitindo uma taxa cambial de R$ 1,70 por dólar, deverá ser de R$ 5,75 bilhões. Quanto mais o real se valoriza, maior é o custo para o governo, ao mesmo tempo que uma redução da taxa básica de juros nos EUA diminui as receitas.