O colapso do socialismo no leste europeu, formalizado pela queda do muro de Berlim e o fim da URSS em 1991, associado à euforia da “vitória do neoliberalismo”, refutaram qualquer tentativa equilibrada de avaliar o significado nas relações mundiais da experiência da revolução russa de outubro de 1917, que completa 90 anos em 6 de novembro, pelo calendário gregoriano que acrescenta 13 dias à contagem juliana.
Os mais de 15 anos passados desde o fim formal daquele singular acúmulo, que combinou o comando dos Bolcheviques (vanguarda revolucionária à época) com os Sovietes (conselhos populares), não parecem ter sido suficientes para criar um ambiente dotado de rigor histórico para produzir um balanço criterioso, menos conservador e irracional, sobre o legado não só de um ”concreto pensado” mas, sobretudo, de um “concreto vivido” em sociedade.
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