Aos 20 e poucos anos, o maranhense Nauro Diniz Machado foi para o Rio de Janeiro a fim de estudar para tentar o vestibular de medicina.
Acabou envolvido com a vida boêmia da então capital federal, onde viu aflorar sua paixão pela poesia e começou uma amizade com poetas e escritores como Carlos Drummond de Andrade.
Largou a ideia de ser médico e abraçou a literatura. Em 1958, publicou seu primeiro livro, "Campo Sem Base". Três anos depois, "O Exercício do Caos", primeiros títulos de uma obra que hoje chega a quase 40 livros.
Cerca de dois anos após sua chegada ao Rio, voltou para São Luís, cidade que é fundamental para a compreensão de sua obra. "Ele foi para São Luís o que Fernando Pessoa foi para Lisboa e o que Baudelaire foi para a França", diz o filho, Frederico.
De lá, nunca quis sair. Alguns creditam a essa distância do eixo Rio-São Paulo o fato de Nauro ser ainda um poeta a ser descoberto.
Outros, porém, citam a sua permanência em São Luís e sua opção por uma vida simples como a grande força de sua poesia, que versou sobre o ser, o sexo e a morte, sem ser alienada.
Com a Folha.
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