Edinho Lobão nunca se preocupou com o a
opinião pública. Mal-afamado durante o governo do pai, Edson
Lobão(1991/1995), Edinho teria sido alcunhado de "Edinho 30%", por
Fernando Sarney, segundo o falecido blogueiro Walter Rodrigues.
O finado Walter Rodrigues vítima das "pedras azuis"- o Viagra, foi implacável nas denúncias contra Edinho. Rodrigues no seu Colunão duvidava da permanência de Edinho no Senado. Errou, Edinho ficou e transformou-se em Presidente da Comissão de Orçamento.
WR montou em 2008, longo dossiê contra Edinho Lobão. WR tinha o objetivo de impedir a posse de Edinho Lobão no Senado. A atuação do blogueiro/pioneiro recebeu o aplau$o de Ricardo Murad, mas não vingou. Edinho ficou e é candidato a governador.
Murad fez declaração em versos para Edinho. Hipocrisia declamada. Edinho tem 6 meses, para livrar-se da fama acumulada em 24 anos. A situação lembra aqueles que param de beber- provar é recaída, negar é perda de tempo. O melhor é ter serenidade a cada provocação.
Com a palavra o finado Walter Rodrigues :
O finado Walter Rodrigues vítima das "pedras azuis"- o Viagra, foi implacável nas denúncias contra Edinho. Rodrigues no seu Colunão duvidava da permanência de Edinho no Senado. Errou, Edinho ficou e transformou-se em Presidente da Comissão de Orçamento.
WR montou em 2008, longo dossiê contra Edinho Lobão. WR tinha o objetivo de impedir a posse de Edinho Lobão no Senado. A atuação do blogueiro/pioneiro recebeu o aplau$o de Ricardo Murad, mas não vingou. Edinho ficou e é candidato a governador.
Murad fez declaração em versos para Edinho. Hipocrisia declamada. Edinho tem 6 meses, para livrar-se da fama acumulada em 24 anos. A situação lembra aqueles que param de beber- provar é recaída, negar é perda de tempo. O melhor é ter serenidade a cada provocação.
Com a palavra o finado Walter Rodrigues :
"Edinho Lobão na conjuntura | |
É impossível discordar de Edison Lobão Filho, o Edinho,
quando ele afirma que o bombardeio que lhe fazem na “mídia nacional”,
com munição de episódios transcorridos há mais de 10 anos, tem a ver com
a nomeação do pai dele para o poderoso Ministério das Minas e Energia.
Primeiro por ser natural que a
imprensa saia em busca do passado dos ministros tão logo são cogitados
ou anunciados. Segundo porque nunca falta, nessas horas, quem desencave
denúncias e faça chover documentos, quase sempre porque deseja
substituir o ministro por outro que mais lhe convenha ou pelo menos
constrangê-lo a comportar-se dessa ou daquela maneira.
Contra o ministro Edison Lobão
praticamente não há nada. Quando governador (1991-94), como sucede a
todos, foi criticado por isso e por aquilo, esquemas com empreiteiras e
fornecedores, miudezas tradicionais. Nenhum grande escândalo, ao
contrário do que ocorreu a Roseana Sarney, José Reinaldo Tavares e ao
recém-chegado Jackson Lago.
Acrescente-se que Lobão, ao contrário
dos sucessores, interferiu muito pouco na autonomia da Assembléia
Legislativa, permitindo a instalação de CPIs que devassaram os setores
de Obras e Saúde e até o Judiciário estadual. Nenhum governo maranhense
dos últimos 40 anos foi tão tolerante com a oposição.
O mais perto que Lobão chegou dos
sucessores, se considerada a repercussão política, foi quando permitiu
que o filho adquirisse o controle da Rádio e Televisão Difusora, um
negócio até hoje obscuro.
TV dos governadores
O Grupo Difusora pertencera à família
do deputado Magno Bacellar, cujos negócios levaram a breca quando
tentou eleger-se senador em 1986 (perdeu para Edison Lobão). Endividado,
Bacellar transferiu seu patrimônio para o deputado Chico Coelho,
testa-de-ferro do governador Luiz Rocha (1983-86), e para os empresários
William Nagem e Fernando Sarney, este último sócio oculto. Da transação
participaram a construtora Constran — empreiteira da avenida Litorânea,
em São Luís, no governo Rocha — e o Banco Itamaraty, ambos pertencentes
ao empresário Olacy de Moraes, na época o “rei da soja” e das parcerias
público-privadas.
Rocha diria mais tarde que Chico
Coelho o “traiu” ao vender as emissoras ao governador Epitácio Cafeteira
(1987-90). Cafeteira não mostrou a cara, com deixando que William Nagem
e um filho continuassem como donos ostensivos.
Com Lobão assumindo o governo em
1991, Edinho entrou na parada e adquiriu as emissoras, com William Nagem
e tudo. Negócio financiado pelo Banco Real, da seguinte maneira: “A TV
Difusora foi adquirida através de um empréstimo, em que foi dado como
garantia a própria Difusora”, declarou Edinho numa entrevista em
28/8/92. Simples assim.
Fatos e versões
Quando o pai era governador, Edinho
foi chamado pelos detratores de “Edinho 30”, numa sugestão de que
cobrava comissão de empreiteiros e fornecedores do Estado. Ninguém sabe
quem lhe pôs o apelido, mas até Fernando Sarney figura entre os
suspeitos, segundo o desconfiável Jornal Pequeno. Na época (o recente 2006),o JP estava tomado de amores pelo dono da Difusora.
O próprio Edinho mencionou a alcunha
numa entrevista à Difusora 26/2/94: “Esses políticos medíocres vão
chamar de ladrão, vão dizer que eu sou o Edinho 30. Podem chamar à
vontade”. Força de expressão, está claro. Ele detesta essa maledicência,
alias jamais comprovada.
Provado mesmo é o tom ao mesmo tempo arrogante e confuso com que rebate as acusações que periodicamente lhe são feitas.
É o caso das atuais suspeitas (na
verdade requentadas de 1998, com acréscimos documentais relevantes) de
que teria usado laranjas para enganar a Receita estadual. Ele nega com
veemência, mas sua pretensão de encerrar o assunto sapecando meia dúzia
de palavras não resiste ao exame menos rigoroso.
Sirva de exemplo a estranha entrevista publicada hoje no Estado do Maranhão , com manchete de primeira página: “Edinho refuta denúncia e vai assumir Senado”. É pouco mais uma fraude.
Começa que não foi concedida ao Estado, e sim à Folha de S.Paulo,
e é sempre muito estranho que uma coisa assim vire manchete, quando o
jornal tem acesso direto e fácil ao personagem. Termina que é uma
estrevista bem fraquinha, com perguntas mal situadas e respostas
atravessadas. Que acabam reforçando as suspeitas.
O Estado nada esclarece, mas o que há contra Edinho (até mesmo em denúncia do Ministério Público) pode ser resumido assim:
1) Nos anos 90 ele tornou-se parceiro
comercial dos irmãos Marco Antônio e Marco Aurélio Pires Costa, donos
da Itumar, distribuidora da cerveja Schincariol em São Luís. O próprio
Edinho informa que a Itumar era “propriedade” dos irmãos, embora
estivesse formalmente “em nome da mãe deles”. O Ministério Público
suspeita que Edinho tornou-se sócio oculto da empresa também.
2) Edinho e os irmãos Costa fundaram
uma empresa chamada Bemar, que compartilharia o endereço da Itumar, para
“distribuidor cerveja no interior do Maranhão”. Edinho sócio ostensivo,
com 50% das cotas. A outra metade ficou em nome da mulher de Marco
Antônio, Maria Luiza Almeida, e da sogra de Marco Aurélio, que
obviamente “representavam” os dois irmãos. Rompida com o marido, de quem
cobra indenização milionária na Justiça, Maria Luiza afirma que a Bemar
era apenas um biombo para ocultar ações ilegais da Itumar,
especialmente sonegação de impostos.
3) Em 1998 (governo Roseana), a
Polícia Civil e a Auditoria Geral do Estado descobriram um esquema de
fraude nos computadores da Receita estadual, com cerca de 200 empresas
beneficiárias. A Itumar “de Edinho Lobão”, segundo era voz corrente,
encabeçava a lista. Mil boatos e recolhimentos depois, o processo foi a
4) Pouco depois, Edinho saiu da
sociedade Bemar, transferindo suas cotas para a sogra de Marco Aurélio e
para uma empregada de Maria Luiza, mulher de Marco Antônio. Segundo
Edinho, em carta eletrônica ao jornalista, foi Marco Antônio quem lhe
indicou Maria Lúcia Martins, a empregada, como laranja, sem que Edinho
soubesse de quem se tratava. Segundo o advogado de Marco Antônio, José
Antônio Almeida, Maria Lúcia entrou como laranja de Maria Luiza, já na
época em litígio matrimonial com Marco Antônio. Segundo Maria Luiza,
tudo foi combinado às claras entre Marco Antônio e Edinho. Marco Antônio
assume a responsabilidade e isenta Edinho.
4) A versão de José Antônio Almeida
parece a mais insustentável de todas. A prova de que Maria Lúcia era
laranja de Marco Antônio (ou pelo menos também de
Marco Antônio) é que ele e o irmão continuaram operando a empresa,
mediante procurações. Marco Aurélio, com procuração da sogra. Marco
Antônio, de Maria Lúcia.
5) Complicador: a Polícia Federal
verificou que é falsa a assinatura de Maria Lúcia tanto no contrato de
transferência das cotas (de Edinho), quanto na procuração passada a
Marco Antônio.
Mais: o laudo aponta como
falsificador Neuton Barjona Lobão, tio de Edinho. Mais ainda: Neuton
encarregou-se era uma espécie de “gerente financeiro” tanto da Itumar
quanto da Bemar, empresas, segundo Edinho, que nada tinham a ver uma com
a outra.
6) Edinho considera-se protegido por
uma declaração escrita — guardada no cofre da Difusora — em que Marco
Antônio “assume todo o passivo fiscal, trabalhista, criminal, civil, em relação à Bemar”, segundo disse à Folha.
Grifei criminal para ressaltar o absurdo. Ninguém pode livrar-se da lei
penal transferindo seu crime a outrem, ainda que um amigo esteja
disposto a “assumi-lo”.
Risco de insolação
Aconselhado a desistir do Senado —
até para não prejudicar a acomodação do pai num ministério cobiçado por
tantos e alvo do rancor dos ex-correligionários de Lobão no DEM —,
Edinho reage garantindo que assume, sim, e, segundo algumas fontes, que
permanece no exercício do mandato para o que der e vier.
A hipótese mais provável, entretanto,
é que ele assuma apenas para garantir a vaga e em seguida peça alguns
meses de licença para melhor dedicar-se à demonstração de sua inocência.
O segundo suplente, Remi Ribeiro (PMDB), também tem problemas, mas nada
de muito grave: apenas uma denúncia de peculato que já prescreveu e
outra de “estupro presumido”, jamais comprovada e aparentemente sem
base. Dá para agüentar.
Resta saber se uma simples licença
fará cessar a artilharia inimiga ou se a vida empresarial do 1o suplente
continuará sob exame constante e implacável. A despeito de sua ousadia e
das reservas de melanina que possa ter, Edinho pode acabar concluindo
que a exposição excessiva à luz do sol não lhe faz bem".
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