9 de jan. de 2014

Cena de Ana Clara lembra menina queimada por Napalm no Vietnã

Napalm

Da Veja.com, via jornalista Lígia Teixeira.

Imagens tão chocantes quanto as dos bandidos queimando uma menina de seis anos no Maranhão o mundo só havia visto em tempos de guerra, como a do Vietnã, onde bombas de napalm jogadas pelos americanos e seus aliados sul-vietnamitas produziram queimaduras em civis. O general William Westmoreland, comandante das tropas americanas no Vietnã, ficou tristemente famoso por explicar a resiliência das tropas inimigas com a frase: “Os orientais não dão o mesmo valor à vida que os ocidentais”.

Cenas como as produzidas no Maranhão, cenas em que bandidos queimam inocentes, estão amortecendo nossa sensibilidade e corroendo a consciência de nação civilizada no Brasil. Essa é uma realidade assustadora. Os bandidos perderam qualquer noção de valor à vida humana. A exposição das barbaridades no Vietnã pela imprensa e pela televisão incentivou a criação de um movimento pacifista que apressou o fim da guerra no sudeste asiático. Os americanos perderam a guerra primeiro para a opinião pública no front doméstico.
É vital que a opinião pública brasileira, ao mesmo tempo em que é vítima, obrigue as autoridades a vencerem a guerra que os bandidos decretaram contra os brasileiros. Que a cena bárbara da menina de seis anos em choque, paralisada, enquanto as chamas acesas pelos bandidos a consomem, tenha sobre a opinião pública brasileira o mesmo efeito que tiveram sobre os americanos nos Estados Unidos as imagens de crianças queimadas por napalm: Basta!. Não dá mais para fingir que o Brasil vive tempos de paz.

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