10 de jan. de 2014

Bomba. bomba, bomba: Barbárie do Maranhão impedirá o sonho do Brasil integrar o Conselho de Segurança da ONU. Logo de Segurança.

Terrinha coerente

As decapitações no presídio maranhense provocaram a raridade que é uma providência rápida da ONU a um fato. Só isso já dá uma ideia inquietante dos efeitos que o Brasil terá de encarar, difíceis e variados. Mas não necessariamente injustos.

Na ONU e fora dela, muitos vão se lembrar de que as fotos tétricas saíram do país que, passados 28 anos de sua redemocratização, é o único da era das ditaduras sul-americanas até hoje incapaz de aplicar suas leis aos assassinos e torturadores de então.
É o país em que os artigos do seu Código Penal são sensíveis a cores, entre o branco e negro, e à situação do réu no PIB. É o país em que muitos Estados, no arco que parte do Nordeste e dá a volta pelo alto até descer no oeste ainda amazônico, os madeireiros, os grileiros, os traficantes de fauna e flora e as polícias militares desfrutam do privilégio de assassinar sem riscos: se o processo for inevitável, durará o bastante para igualar-se a uma vida em liberdade.

Definitivamente o 'estadista' José Sarney enterrou o ambicioso sonho do Brasil integrar o Conselho de Segurança da ONU. Logo de Segurança. A barbárie do Maranhão, estado dominado pela sua família à cerca de 50 anos, coloca em definitivo uma pá de cal neste sonho, pelo menos por três décadas.

Com Jânio de Freitas, da Folha de São Paulo.
Enviado por Eri Santos Castro.
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