“Em dez anos,
os governos do presidente Lula e da presidenta Dilma tiraram milhões de
brasileiros da situação de pobreza extrema”, fantasiou Márcio Jardim,
integrante da executiva estadual do PT, na abertura do programa
concebido para comemorar o 33° aniversário do partido. Reiterada a
lorota, o companheiro começou a dizer verdades: “O Maranhão continua
ostentando os piores índicadores sociais do país. Somos os piores na
saúde e na educação. Vivemos num estado de profunda insegurança, medo e
violência que aterroriza todos nós”.
Já com a
musiquinha eleitoral ao fundo, Jardim caprichou no fecho glorioso: “Com o
PT, haveremos de inaugurar um tempo de mudança, renovação e esperança
para o Maranhão”. Deveria ter pedido licença à Famiglia que subjuga
desde 1965 a capitania hereditária fundada por José Sarney. Irritada com
os 15 segundos de desobediência do partido que faz parte do seu
governo, Roseana Sarney ─ sempre orientada pelo pai ─ queixou-se ao
amigo José Dirceu.
O futuro
presidiário pediu providências a Rui Falcão, e o ex-jornalista que virou
censor ordenou a imediata suspensão do comercial. É assim que funciona o
controle social da mídia. E é assim que as coisas funcionam no grotão
explorado há 50 anos por Madre Superiora e seus descendentes. Lá, o PT é
mais que um aliado da turma do coronel de jaquetão. É comparsa em tempo
integral, sócio de vez em quando e, quando necessário, servo exemplar.
Os gerentes da
usina de miseráveis mandam. A companheirada obedece. É o que determina o
acerto que transformou Lula e José Sarney, dois ferozes adversários até
o fim do século passado, em amigos de infância. No tempo em que posava
de inimigo de corruptos, o palanque ambulante vivia berrando que o dono
do Maranhão era o maior ladrão do Brasil. O agora senador não mudou em
nada. Continua o mesmo.
Lula é que se despiu de disfarces e mostrou a face real. Ficou com cara de José Sarney.
Enviado por Eri Santos Castro.
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