9 de fev. de 2013

Neste ano ocorrerão eleições diretas para os novos dirigentes do PT: Henrique dá passos para consolidação de sua candidatura à presidência

FotoHenrique
PT PARA TODOS
Por Luís HENRIQUE Sousa – Dirigente e Militante do PT, Jornalista e Assessor Parlamentar.
        
            Em 2013 o PT faz 33 anos.  Em 2013, pessoalmente, incorporo 25 anos de militância no Partido dos Trabalhadores, primeiro e único em minha vida. A atual conjuntura me exige a tomada de posições e decisões difíceis. Depois de 20 anos, desligo-me organicamente do grupo interno a que pertencia até então, comandado pelo companheiro Vice-Governador Washington Luiz, por concluir e entender que: outro caminho é possível.
            Seguem comigo na busca deste outro caminho, muitos companheiros da CNB. Outros queridos e nobres parceiros de ideais e de estrada ficam com o grupamento de origem, sem que por eles, pessoalmente, não continue a ter o mesmo respeito e carinho. Na política, como na vida, em determinadas circunstâncias, temos que fazer opções.
Há muito que não encontrava mais ambiente no campo que por tanto tempo segui e militei no plano local. Creio que o PED de 2013 fechará um ciclo no PT. É chegada a hora, mais do que na hora, de acabarmos com a intolerância no partido. Creio ser findo o tempo das duas grandes árvores que nos representaram nos últimos 20 anos, uma capitaneada pelo companheiro Washington e a outra pelo companheiro Dutra.
            O PT precisa reencontrar seu caminho histórico, na sua essência um partido plural, de seus vários grupamentos a pregar variáveis políticas distintas; contudo, com a mesma matriz ideológica. Um partido enriquecido pelo debate interno, capaz de construir diretriz política e partidária diferenciada, democrática e popular, cuja inclusão se manifesta não só nas políticas públicas que adota, mas a partir do protagonismo e exercício do povo no fazer político; com pontuações programáticas e políticas divergentes, todavia, com unidade na ação.
Tempo de enterrar o maniqueísmo que nos aprisionou durante duas décadas de uma disputa interna que nos fez dialogar mais com os partidos e interesses de fora do PT do que com os companheiros do partido e os interesses do próprio PT.
            Ao afirmar o que digo, o faço sem me eximir de culpa e responsabilidade. Participei disso, ajudei a construir o que nos tornamos. Não há erro de um, há erros de muitos, quem sabe de todos.
            No plano nacional, continuo integrado a CNB, agora na personificação do coletivo PT PARA TODOS, grupamento oficializado internamente na reunião da tendência em São Paulo, nos dias 25 e 26 de Janeiro de 2013. Um coletivo que nasce em 79 diretórios municipais - adesão de 53 vereadores e 03 prefeitos petistas, dos 10 eleitos pelo partido. O coletivo conta ainda com a presença do líder do PT na Assembleia Legislativa do Estado, o Deputado Zé Carlos do PT e de 87 lideranças petistas, entre filiados e militantes.
            Nascemos na perspectiva de consolidar o que afirmamos na denominação: UM PT PARA TODOS. Com disposição para ajudar na construção de um projeto próprio para o partido, sem que tenhamos que nos reduzir a ser apêndice de campo político A ou campo B; a cumprir um plano de ação e metas que vise a ocupação dos espaços institucionais, vereança, prefeitura de São Luís, prefeituras do Maranhão e Governo do Estado; por que não?
Em resumo, focar na busca da hegemonia política no Maranhão, ou, no mínimo, ser alternativa viável, a exemplo do que em outros estados o PT já conseguiu, como é o caso do Piauí, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Acre, Pará e Bahia, só para ficar em alguns da região Norte e Nordeste.
            Para que esse intento seja factível, é necessária a disposição para o diálogo interno, construir este objetivo comum com as demais tendências do PT; caminho necessário para o nosso partido e para o povo, razão maior das nossas vidas, enquanto militantes de esquerda.
Que sejamos capazes de dialogar com as forças políticas da base de apoio do governo Dilma, principalmente e prioritariamente com as forças de esquerda; contudo, sem subserviência ou conveniências de uns poucos. Um PT altivo, um PT soberano.
            A partir de março, iniciaremos a vida orgânica do coletivo PT PARA TODOS em um grande seminário estadual e daremos ciência dos nossos passos à militância petista. Ciência das nossas decisões mais importantes, da inserção e visão que temos e como pretendemos interferir na conjuntura política local e nacional.
            Outro caminho é possível, Um PT PARA TODOS E TODAS. Todos os petistas, todos os maranhenses, todos os brasileiros.

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