30 de jan. de 2013

A busca da felicidade, por Merval Pereira


Ao mesmo tempo em que discute os temas econômicos mais atuais, o Fórum Econômico Mundial abre espaços, há alguns anos, para debates paralelos, e, este ano, um deles foi dedicado a discutir como incluir a felicidade e o bem-estar dos cidadãos na medida da prosperidade de um país, para além do tamanho do Produto Interno Bruto (PIB). Entre os debatedores, os economistas Jeffrey Sachs, da Universidade Columbia, e o Prêmio Nobel Joseph Stiglitz, além de Laura Chincilla, presidente da Costa Rica, um dos países mais felizes do mundo segundo pesquisas ainda incipientes sobre o tema.

Paul Dolan, professor de Ciência do Comportamento da London School of Economics, e Oliver Harrison, diretor de Estratégia da Autoridade de Saúde de Abu Dhabi, escreveram um artigo para o blog do Fórum Econômico Mundial onde afirmam que “uma vida boa tem que ser medida individualmente.”
Há evidências científicas de que um povo mais feliz é mais saudável, produtivo e mais resistente a choques externos, como desemprego.


Não é apenas o Butão que usa a medida da felicidade. A Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países mais desenvolvidos do mundo, está fazendo pesquisas para medir o bem-estar das populações, assim como o Reino Unido já está monitorando esse estado de espírito da população.

O economista Joseph Stiglitz diz que não sabemos ainda fazer boas medições sobre as diversas dimensões do progresso, e ele está convencido de que o PIB não é uma boa medida da felicidade do povo. O PIB pode crescer e o indivíduo não sentir o impacto em sua vida, pois o PIB per capita “é apenas uma estatística”.

Por Merval Pereira, O Globo.
Enviado por Eri Santos Castro.
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