7 de mar. de 2012

Indígena Maria Sara, de 13 anos, grávida, é assassinada no Maranhão

Estamos a um dia do Dia Internacional da Mulher. E a menos de  um mês do Dia do Índio. Leio no jornal Vias de Fato que Maria Sara Gregório Guajajara foi assassinada na sexta-feira na periferia de Grajaú, no Maranhão. Ela tinha 13 anos e estava grávida.
 
Os pais chamam-se Salomão Gregório Guajajara e Maria Aurora Guajajara. Eles moram em um barraco na Aldeia Chapadinha, na região do Bananal. Perto do local do crime. O suspeito é o próprio companheiro.
 
A fonte do jornal Vias de Fato é o Conselho Indigenista Missionário, via Pastoral Indigenista de Grajaú. Trata-se de um jornal ligado a movimentos populares, contra as oligarquias maranhenses.
 
Maria Sara pode ser um símbolo de várias lutas. Caso sua breve existência seja valorizada pelos meios de comunicação. Pauteiros e blogueiros, interessam-se pelo tema?
 
A adolescente do povo Guajajara merece ser símbolo de várias lutas. Sua morte expõe a violência contra as mulheres, por um lado. A violência contra os povos indígenas, por outro. E a miséria em que vive boa parte do povo maranhense. (Ironicamente, Grajaú já se chamou São Paulo do Norte.)
 
Maria Sara foi sepultada no domingo. Caso ninguém ligue para sua morte, pode também ser apenas mais um capítulo de um livro diariamente reescrito: o da Grande Indiferença Nacional.

Alceu Luís Castilho (@alceucastilho)
Enviado por Eri Santos Castro.
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