23 de jan. de 2012

A resposta de Igor Lago a Weverton Rocha e a sua resistência

À Executiva Nacional do PDT,
A(o)s Senhora(e)s Deputada(o)s Federais e Senadores,
Aos pedetistas de nosso estado e de todo o país,

Lamento profundamente a conduta que os senhores Carlos Lupi e Manoel Dias adotaram em relação ao PDT do Maranhão, isto é, a de não prorrogar a Comissão Provisória Estadual (assim como não marcar a data para a Convenção), deixando o nosso partido na informalidade, desde o dia 01 de dezembro passado.

O PDT do Maranhão está sendo vítima de algo inédito em toda a sua história, apesar de ser um dos maiores partidos de nosso estado e o que carrega todo um simbolismo de luta contra a oligarquia.

Talvez tenha, também, um grande simbolismo para todo o partido em nosso país, porque o PDT do Maranhão, com todos os seus problemas e defeitos, é o que guarda maior semelhança com as suas origens. Aqui, a imensa maioria de seus militantes é de luta e dedicação por um estado e país mais justos e democráticos. Gente de compromisso cívico, que vê o partido como instrumento de luta social!

Lamento esse total desrespeito para com o partido e sua história e, devemos dizer com toda a veemência, com o legado de um de seus principais fundadores, o ex-governador Jackson Lago!

Sinto-me indignado com essa situação que nos foi imposta, pois, se antes o nosso partido e seu líder Jackson Lago era agredido e caluniado pelos adversários tradicionais, estamos assistindo a um verdadeiro desrespeito e a todo tipo de agressões a mim, ao partido e, consequentemente, ao seu legado, por alguns membros de nosso próprio partido(Ler matérias anexadas). Estarão, esses senhores daqui do Maranhão, querendo criar um clima de suposta divisão partidária para solicitar uma intervenção?

Desde que assumi a presidência do PDT, “a convite da maioria dos membros da Comissão Provisória deixada pelo ex-governador Jackson Lago”, no dia 06 de junho, dediquei-me, com todas as minhas possibilidades, para reorganizar o partido sob o seu legado cívico repleto de valores democráticos e republicanos, seguindo sempre as boas práticas partidárias e a tolerância com os nossos adversários internos, muitas das vezes, superando a arrogância e soberba dos mesmos, além de toda a truculência e tentativas de sabotagem dos trabalhos.

Não faltei a nenhuma de nossas reuniões, apesar de dividir o meu tempo entre o Maranhão e o interior de São Paulo, onde resido por questões familiares e, também, profissionais.

Recebi mais de 100 representantes de municípios em nossa sede e viajei a muitos deles (Quis ter feito muito mais, mas, todos que vivemos do suor de nosso trabalho, temos nossas limitações). Fizemos o partido coletivamente. Fui, como a maioria, favorável a que se seguisse com a prática adotada pelo ex-governador Jackson Lago, e que se tornou uma cultura partidária nossa: a de estimular os companheiros a fazerem suas Convenções Municipais que, aqui no Maranhão, sempre foram feitas sem aviso à Executiva Nacional (como recomenda o artigo 20 de nosso Estatuto); porém, nunca houve nenhum questionamento da Executiva Nacional. Tanto que, quando este assunto foi levantado na reunião de Fortaleza, os próprios senhores Carlos Lupi e Manoel Dias entenderam as nossas razões e pediram que somente enviássemos as comunicações das mesmas, algo que começamos a fazer, por email, a partir de então.

Como presidente do partido, também, senti-me no direito de exercer a prerrogativa que é dada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) a todos os presidentes de partido, refiro-me ao uso da senha que, ao igual que o ex-governador, a mantive com um de nossos mais valorosos companheiros, o Sr. José Assunção Guimarães dos Santos. A bem da verdade, esta senha foi objeto de uma tentativa de retirada dessa prerrogativa pelos mesmos dois senhores que, agora, querem tomar o partido da maioria de seus membros.

Igualmente devo dizer que, se alguma vez tive que referir-me a pessoas de outros partidos políticos, foi com o intuito de esclarecer situações e, o mais importante, o de defender o nosso partido de qualquer tentativa de aliciamento por cargos e mandatos, assim como o de afirmar que todos serão bem-vindos ao PDT, para serem mais um na luta contra a oligarquia mais atrasada de nosso país.

Vale ressaltar que filiamos muitas pessoas pelo estado, algumas com chances reais de ganhar eleições para prefeito, vice-prefeito ou a vereador. Cabe-me destacar, aqui, a filiação do ex-ministro do STJ, Sr. Edson Vidigal, no dia 17 de agosto, como um grande acontecimento na sede de nosso partido, pois trata-se de um nome de envergadura estadual, e fora candidato ao governo e ao senado em 2006 e 2010, respectivamente.

Como já relatado em textos anteriores, contávamos com a prorrogação da Comissão Estadual, o que foi acordado entre membros de nossa Comissão Estadual e os senhores Carlos Lupi e Manoel Dias no Encontro de Fortaleza em outubro passado.
Estávamos nos preparando para realizar um grande encontro estadual em dezembro. Infelizmente, a crise do Ministério do Trabalho e Emprego, que alcançou o nosso partido, além da não prorrogação da nossa Comissão, nos impediu de realizá-lo.

Aqui no Maranhão todos sabem que fizemos as declarações que tínhamos e deveríamos fazer. Tínhamos de estar ao lado da verdade, ajudar a esclarecer os fatos e, igualmente, defender o nome do nosso ex-governador e do nosso partido. Não fomos causa das conseqüências de erros de terceiros. Disse ao ex-ministro Carlos Lupi e ao Manoel Dias, por telefone, as nossas opiniões, circunstâncias e obrigações das mesmas.

A História que nos julgue!

Jackson Lago foi impedido de disputar o segundo turno das eleições de 2002 por manobras judiciárias junto ao TRE e ao TSE;

Jackson Lago foi cassado, por motivação política, em 2009;

Jackson Lago foi impedido de realizar sua campanha eleitoral "livremente' em 2010, por manobras judiciárias no TSE, que demorou 43 dias para julgar o seu processo levantado por uma Procuradora Eleitoral do Maranhão, com a justificativa de ser um ficha-suja, algo que muitos de seus adversários aproveitaram sem respeitar sua história de vida(O processo que questionava a candidatura da Roseana Sarney foi julgado pelo TSE em 3 dias!);

Acredito que um partido não pode preservar seu caminho com retaliações e iconoclastias, mas, sim, cultivando os valores democráticos, de respeito a seus líderes, princípios e ideais.

É o que estamos vivendo aqui no Maranhão.

Saudações Trabalhistas!

Igor Lago
Imperatriz, 22/01/2012.

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