
A agência France Press, citando o jornal Chicago Sun Times, diz que Barack Obama registra hoje sua candidatura presidencias para as prévias do Partido Democrata. E que o lançamento tentaria fazer um “revival” da sua primeira campanha, usando as redes sociais na internet e uma batelada de e-mails.
Tudo tem um amargo gosto de deja-vù, pela esperança de mudança que despertou a eleição do primeiro negro a presidir a maior potência do planeta. Mas a frustração com o desempenho de Obama, se é seu maior desgaste perante a opinião pública mundial – e este prestígio se mostrou eleitoralmente importante, em 2008 – não é o principal problema de sua reeleição no plano interno.
Os EUA saíram, tecnicamente, da recessão. Os últimos dados sobre desemprego mostram a menor taxa dos últimos dois anos – 8,8% – mas, ainda assim, quase o dobro do que se registrava antes da crise mundial. E os reflexos estão no gráfico de sua popularidade, extraído do jornal USA Today.
Obama, porém, tem de novo a seu favor o fato de, além de não ter adversário nas prévias democratas, encontrar o Partido Republicano sem grandes nomes. O mais forte parece ser o de Newt Gringhich, afastado das disputas eleitorais há mais de dez anos, depois de ter sido presidente da Câmara dos Deputados. A ex-governadora Sarah Palin, a queridinha do movimento de direita mais radical, está enfrentando uma rápida perda de popularidade no Partido Republicano.
Mesmo assim, a situação de Obama é complexa. Entre os democratas, só Bill Clinton obteve a reeleição, em toda a história. Ainda há muita água para rolar debaixo da ponte até as eleições. Mas a operação Obama 2012 parece estar muito menos focada na esperança e mais dependente do medo de que voltem os republicanos ao poder.
Saiu no blogue de Brizola Neto.
Enviado por Eri Santos Castro.
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