17 de fev. de 2011

Águas-vivas ameaçam a pesca e o turismo

Nas praias de São Luís aparacem quantidades cada vez maiores de águas-vivas
Em duas décadas, a população de medusas - as águas-vivas - cresceu de forma geométrica e se tornou uma séria ameaça à indústria da pesca, ao turismo e à infraestrutura marinha.

Morrem mais pessoas queimadas por águas-vivas que em ataques de tubarão. Elas são um perigo também para a infraestrutura marinha. Em 2008, a usina nuclear Diablo Canyon, na Califórnia, teve as operações afetadas após centenas de medusas do tamanho de bolas de basquete entupirem os dutos de um de seus reatores. Quando um ecossistema é dominado por medusas, os peixes desaparecem. "Isso já aconteceu", diz Antonio Carlos Marques, do Instituto de Biociências da USP. "Ao longo dos anos 80 e 90, a explosão de águas-vivas no Mar Cáspio levou à bancarrota a indústria pesqueira de anchovas". A teoria mais forte para explicar essa proliferação é a do desequilíbrio ambiental. Décadas de pesca predatória retiraram de cena os grandes peixes, seus predadores naturais.

Uma espécie comum no Nordeste brasileiro apareceu no Golfo do México anos atrás e os cientistas suspeitam que seus pólipos foram transportados em plataformas de petróleo. Dessa forma, uma explosão de medusas pode ocorrer no Brasil, dado o aumento das prospecções na costa brasileira. 


Saiu no Valor Econômico. 
Enviado por Eri Santos Castro.
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