26 de jun. de 2010

A internet permite uma experiência revolucionária

David com a cabeça de Golias, de Caravaggio


Nos últimos dias recebir mais de 500 email's de solidariedade, devido uma polêmica com o Srº Aziz. Irei guardá-los num cantinho do meu computador. A  Globo também vive seus dias de Golias.

Os últimos episódios envolvendo a principal empresa de comunicação do país, as transmissões dos jogos da Copa e a disputa com o técnico da seleção brasileira, Dunga, mostram como a internet permite uma experiência revolucionária, não só para manifestação das divergências com espontaneadade, mas também para a organização das forças de resistência. É claro que quem está no poder vai chamar isso de intolerância, autoritarismo e, até, de terrorismo. É a doutrina do terror consagrada entre os "neocons". Afinal, espalhar o medo é um recurso de mobilização.

Os jornalões fazem isso hoje, em coro. Tentam provar que o que existe é um cerceamento do direito de informar quando, na verdade, o que está acontecendo é uma denúncia sobre práticas de manipulação e distorção, por causa de interesses comerciais contrariados. Essa disputa política não se dá apenas nos meios de comunicação. Veja os Estados Unidos, por exemplo.

É exatamente assim que agem ao impor sanções ao Irã. Com o Estado de Israel não é diferente, para justificar o massacre ao povo palestino. É assim também na China, quando sufoca o Tibete, e na Rússia, quando tenta calar o grito de liberdade na Chechênia... São muitos exemplos. Portanto, o que está em jogo nesta disputa é poder, poder de informar, direito ao contraditório e à critica. O fim do privilégio, do pensamento único, do cartel, do monopólio, do absolutismo que leva à tirania.

Devemos comemorar, porque estamos assistindo de camarote à uma revolução pacífica, cuja armas são virtuais. E não tenham dúvidas, no final David sairá vitorioso.

Enviado por Eri Santos Castro.

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