26 de jun. de 2010

Copa do mundo: vitórias inesperadas do futebol “feio”

Reproduzo artigo de Rodrigo Vianna, publicado no Portal Vermelho.

Quem não se lembra do bigodudo italiano Gentile a correr – feito uma sombra – atrás do nosso camisa 10, Zico? Bem, a maioria talvez não se lembre, porque isso se passou no longínquo ano de 1982, na Copa da Espanha. Pra mim, parece que foi na semana passada, tamanhas são as emoções que ainda guardo daquela partida.

O corpulento Gentile grudou feito carrapato em Zico, chegou a rasgar a camisa do “galinho” na área. A TV mostrou, só o juiz não viu o pênalti. Verdade que o Brasil também tinha Sócrates, Falcão, Junior, Leandro.

Era um timaço. Mesmo assim, acabou batido pelo futebol feio dos italianos. A derrota, por 3 a 2, ficou conhecida como  “A Tragédia de Sarriá” (nome do estádio espanhol onde se deu a malfadada partida).

Aquela foi uma derrota tão marcante como a de 1950 no Maracanã. Depois de Sarriá, os brasileiros nunca mais ousaram jogar “pra frente”, com liberdade total para os craques. Desde então, o Brasil aprendeu que – pra ganhar – muitas vezes é preciso jogar “feio”. Mais ou menos como Lula fez com os juros do Banco Central no primeiro mandato!

Mas não precisamos exagerar (nem nos juros, nem no futebol). Na lamentável Copa de 1990, por exemplo,  o Brasil jogou um futebol tão burocrático e previsível como a política de Meirelles no BC.

Enviado por Eri Santos Castro.

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