1. Condenamos qualquer forma de alteração de resultado eleitoral na base do “tapetão”. Eleição não tem meio termo: leva quem tem mais voto.
Em 2006, quem levou foi Jackson Lago, e pouco mais de dois anos depois foi cassado por um golpe via o judiciário. Houve resistência ao golpe por parte dos aliados do governador, embora muitos, inclusive da bancada federal de deputados, tenham se omitido durante todo o movimento que ficou conhecido como "Balaiada".
2. O encontro regional do PT, realizado no último dia 27.03.2010, resolveu aprovar pela maioria dos votos dos 175 delagados a aliança do PT com o PC do B e o PSB, tendo o deputado Flávio Dino como candidato ao governo do estado. Agora comenta-se a possibilidade de golpe via o diretório nacional.
3. Estamos convictos que uma eventual intervenção no resultado legítimo do encontro do PT é um ato, além de violento, desnecessário. Reconhecemos a contradição de que, mesmo sabedores de que Lula e Dilma já escolheram o seu lado no Maranhão, ainda assim devemos até o último momento lutar pela construção de dois palanques no Maranhão como forma de potencializar a candidatura da companheira Dilma, que é filiada ao PT e não ao PMDB.
4. Temos os movimentos sociais do nosso lado, e isso não é pouca coisa. Temos a simpatia da grande maioria dos jovens maranhenses que esperam por uma candidatura jovem, não só do ponto de vista etário, mas principalmente no sentido de novos projetos, novas idéias e novas concepções sobre a sociedade e a vida.
5. Não somos obrigados a aceitar tudo o que Lula, Dilma ou direção nacional do partido nos dizem ou nos mandam fazer. Não somos, inclusive, obrigados a conviver com esse estranho caso de masoquismo político onde, enquanto mais o companheiro Lula radicaliza na aliança com o senador Sarney, mais alguns petistas e comunistas o veneram. Temos uma visão crítica dessa relação.
5. Na verdade, Zé Sarney erra ao manobrar para reverter o resultado do encontro do PT maranhense. Pode estar apostando num equívoco de proporções iguais de quando resolveu disputar, a qualquer custo, a Presidência do Senado contra o senador petista Tião Viana. Se a disputa pelo comando do Senado foi uma Via Crúcis para Sarney, uma intervenção no PT poderá ser o seu Calvário.
6. Não se sabe ao certo a dimensão do que pode significar um eventual assalto à escolha do PT pela candidatura de Flávio Dino. Os 87 votos conquistados pela tese pró-PC do B não podem ser violentados por conta da incompetência dos “capas pretas” da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), que sequer tiveram a coragem de pronunciar o nome da governadora Roseana Sarney nos seus discursos em defesa da coligação com PMDB.
7. Se tiver que haver alguma intervenção que seja na CNB, e não no diretório ou muito menos no resultado do encontro estadual. Que Lula, José Eduardo Dutra, José Dirceu etc, intervenham na coordenação estadual da tendência Construindo um Novo Brasil, pois ela é que tinha o compromisso de fazer aprovar a defesa da coligação com Roseana Sarney e não teve a devida competência e votos para tal.
8. Nesse sentido, defendemos radicalmente o resultado do encontro estadual que resolveu democraticamente pela aliança do PT com o PC do B e o PSB, tendo o deputado Flávio Dino como candidato a governador. Que o nosso partido tenha a maturidade política para constuir caminhos que levem à UNIDADE PARTIDÁRIA necessária para que não haja comprometimento da campanha da companheira Dilma no estado, bem como dos nossos candidatos a deputado estadual e federal. Por fim, entendemos que INTERVENÇÃO É GOLPE!
Assinam os filiados:
César Soares (Bancário)
Marcelo Barros (Advogado)
Neil Armstrong (Engenheiro Civil)
Nonato Chocolate (Professor Universitário)
Robert Lobato (Administrador de Empresas)
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