O duelo de Ricardo Murad e do jornalista da Veja, Augusto Nunes
O jornalista Augusto Nunes, da revista Veja, treplicou ao ex-secretário estadual de Saúde Ricardo Murad. O primeiro texto do jornalista vem acompanhado de vídeos do ex-secretário combatendo e defendendo Roseana Sarney.Analise as três postagens.
A POSTAGEM DE AUGUSTO NUNES
Ricardo Murad em duas versões, ambas impróprias para crianças
Candidato ao governo do Maranhão em 2002, Ricardo Murad atravessou a temporada de caça ao voto fantasiado de inimigo n° 1 da famiglia Sarney em geral e, em particular, da governadora abatida pelo caso Lunus e pelo fim iminente do mandato. Irmão de Jorge Murad e, portanto, cunhado de Roseana Sarney, desertara do clã anos antes, inconformado com o veto do patriarca ao desejo de governar o Estado.
Definitivamente, sugere um vídeo em que o parente rancoroso acusa os Sarney de só pensarem em dinheiro e qualifica Roseana de \"uma farsa\".
Nada que uma conversa com o patriarca não pudesse resolver, corrige o segundo vídeo, gravado cinco anos mais tarde. Em 2007, o deputado Ricardo Murad continuava em estado de beligerância, mas o alvo era outro.
De volta à seita, o antigo devoto de José Sarney recuperou inteiramente a fé no sumo sacerdote e declarou guerra ao governador Jackson Lago. A reconversão funcionou. O maranhense volúvel ganhou de presente a Secretaria da Saúde, onde hoje ajuda a aumentar a taxa de mortalidade infantil.
(Postado em 2/4/2010)
Resposta de Ricardo Murad ao jornalista Augusto Nunes
Publique se for homem e jornalista.
Vermes como você, que escreve financiado pelo dinheiro sujo dos políticos a quem serve, deveria se envergonhar do que faz. Mas você é um desavergonhado. Faz isso por ofício. Você é um jornalista que aluga a pena. Escreve de mal ou de bem, para quem lhe paga, de mais ou de menos.
Você é um covarde, venal, financiado e sem nenhuma credibilidade. O que lhe move é o dinheiro dos seus patrões. Se você tivesse um pouco de vergonha e senso jornalístico deveria ter me ouvido a respeito das sandices que publicou de forma criminosa a meu respeito. Pelo menos iria ter um trabalho a menos de tê-lo de fazer na Justiça.
Não posso lhe pedir para ter ética e vergonha, isso vem do berço.
Ricardo Murad.
A TRÉPLICA DE AUGUSTO NUNES
O chilique do crápula
AUGUSTO NUNES*
\"Publique se for homem e jornalista\", começa o comentário enviado às 6h25 de sexta-feira (2). Outro miliciano patrulhando a internet a serviço do stalinismo farofeiro, imaginei. Já ia ordenando que caísse fora quando bati os olhos no nome do remetente: Ricardo Murad, secretário da Saúde do Maranhão. Ele mesmo. Em paragens civilizadas, alguém envolvido na morte de um punhado de crianças, vítimas do descaso e da inépcia, estaria agora em desabalada carreira, ou sentado no meio-fio chorando lágrimas de esguicho, ou homiziado em lugar incerto e não sabido. Mas estamos no Brasil. Pior ainda, o estafeta da famiglia Sarney está no Maranhão. Em liberdade e esbravejando em mau português.
Embora a forma e o conteúdo avisem aos gritos que o texto foi redigido depois de um almoço de matar a sede de presidente, claro que publico. Embora não contenha nenhuma acusação substantiva, embora se limite ao berreiro do cortiço, claro que publico. Não para reafirmar o gênero a que pertenço? Ricardo Murad tem motivos suficientes para dispensar-se de dúvidas?, mas para oferecer ao Brasil que presta a contemplação do
chilique de um crápula:
Vermes como você, que escreve financiado pelo dinheiro sujo dos políticos a quem serve, deveria se envergonhar do que faz. Mas você é um desavergonhado. Faz isso por ofício. Você é um jornalista que aluga a pena. Escreve de mal ou de bem, para quem lhe paga, de mais ou de menos.
Você é um covarde, venal, financiado e sem nenhuma credibilidade. O que lhe move é o dinheiro dos seus patrões. Se você tivesse um pouco de vergonha e senso jornalístico deveria ter me ouvido a respeito das
sandices que publicou de forma criminosa a meu respeito. Pelo menos iria ter um trabalho a menos de tê-lo de fazer na Justiça. Não posso lhe pedir para ter ética e vergonha, isso vem do berço.
O infanticida convida gente honrada a sentir vergonha. O noviço adestrado no Convento das Mercês se fantasia de carmelita descalça. A cria de Madre Superiora reinventa a nada santa inquisição. O colecionador de capitulações acusa o vencedor de covarde. O tenente da tropa de censores do Estadão exige respeito à ética. Sem formular qualquer denúncia objetiva, sem ir além do insulto barato, o prontuário ameaça recorrer à
Justiça. É assim no Maranhão. Murad acha que é assim no país inteiro.
A certeza da impunidade o induz a acreditar que todas as ações judiciais movidas pela famiglia serão sempre endossadas pelos daciovieiras. Por ter escapado de licitações irregulares, crimes ambientais e, até agora, da
morte de crianças desvalidas, acha que não há juízes no Brasil. Por ouvir apenas as louvações dos áulicos, não ouviu o choro nem os e os gemidos das isabellas maranhenses. Por acreditar que está condenado à impunidade, não admite virar personagem de uma nota na revista Veja e alguns posts na coluna.
O irmão menos esperto de Jorge Murad sobressaltou-se ao ouvir a indignação do Brasil decente. Falta agora tirar-lhe o sono com a sirene do camburão.
(*) Jornalista, na Veja Online, em 3/4/2010
Enviado por Eri Santos Castro.
2 comentários:
Não é que eu meta a mão no fogo por Ricardo Murad, mas acho que o Augusto Nunes está numa posição onde ele deve trabalhar melhor as palavras. Chamar de crápula não é uma boa saída. se ele se sentiu ofendido por alguma coisa dita pelo Murad, bom, processos existem pra isso. A lei tá aí para ajudá-lo na medida do possível. Ele é jornalista, formador de opinião, tem que ter em mente que essa discussão dele e do Murad não se limita a eles dois, mas a todos os leitores da VEJA Online e de outros espaços, como este aqui, que repercutem o caso. Como disse: não tô aqui pra defender o Murad, mas acho que Nunes está conduzindo de maneira inadequada esse embate.
Angela
essa novelinha deles dois vai durar até quando?
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