Cerca de 800 docentes, integrantes do Movimento de Resistência dos Professores (MRP), da rede estadual de ensino, bloquearam o trânsito, ontem à tarde, na Ponte do São Francisco, durante mais uma passeata contra o acordo salarial de reajuste emergencial de 10% entre o governo do Estado e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma).
Esta foi a terceira caminhada da base sindical, que teve como parada obrigatória o pátio externo da sede do governo (Palácio dos Leões), onde mais uma vez os professores repudiaram o pacto, e voltaram a exigir o reajuste imediato de 19,21% retroativo a janeiro do Piso Nacional.
A manifestação dos docentes foi concentrada às 16h, na Praça da Igreja do São Francisco. Munidos de faixas, cartazes, apitos e um carro de som, os professores tomaram conta de toda a extensão da Ponte José Sarney, e acusaram novamente a governadora Roseana Sarney (PMDB) de usar a sua mídia contra a causa da categoria que, desde a última quarta-feira, 28, decidiu abandonar a paralisação de 50% dos turnos escolares, para decretar greve geral em mais de 80% das unidades de ensino.
A próxima assembléia do MRP acontece hoje, às 16h, no Complexo Educacional Governador Edison Lobão (Cegel), onde os professores prometem construir a nova agenda da classe para as próximas semanas.
Do JP
Enviado por Eri Santos Castro
2 comentários:
Vi na semana passada uma manifestação desse movimento. Em determinado momento uma professora pegou um microfone e em cinco minutos fez um resumo de uma drama social: a miséria, a violência e desespero.
Relatou as fazelas da sociedade de maneira sincera. Tomara que os professores voltem a ser a vanguarda dos movimentos sociais, bem como os estudantes. Fiz uma pequena crônica sobre o tema que postarei ainda hoje. Quem tiver curiosidade acesse http://notasjudiciosas.wordpress.com/
Os professores já decidiram, ontem (04/11) -note-se bem que não foi o MRP que decidiu- permanecer em estado de greve, no movimento paredista até que vejam sua dignidade ser respeitada.
O governo do Estado e a pseudodireção do Sinproessemma nos desrespeitam na medida em que descumprem as leis federais, no momento em que forjam assembleias, no momento em que se colocam contra os trabalhadores.
Que todos os professores se manifestem, que todos os educadores traídos (como os aposentados e funcionários de escola, que não receberam os míseros 8% esmolado pelo Governo) se manifestem contra a atitude indigna de Governo e Direção do Sinproessemma.
Qual será a serventia, num ano anterior ao eleitoral, dos 19,21% de reajuste que teríamos direito desde o mês de janeiro?
Gostaria que vc, Eri, expusesse seu comentário em relação ao fato e conclamasse a população para estar ao lado de quem tem seus direitos violados e contra os violadores.
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