O jornalista inglês Andrew Keen e o filósofo Caio Tulio Costa travaram uma boa discussão sobre os rumos da cultura em tempos de internet nesta sexta-feira durante a mesa "Banalização da cultura na era da rede global", no Café Literário. Autor de "O culto do amador" (Jorge Zahar), no qual argumenta que o fenômeno da Web 2.0 empobrece a qualidade da informação que circula na internet, Keen foi classificado por Costa de "um exemplar típico do intelectual atônito" com as mudanças tecnológicas:
- O livro de Keen é muito importante, porque ele é o porta-voz da mídia clássica, que defende uma ideia de imprensa que existe desde o tempo de Gutemberg. Mas a indústria precisa se reiventar - advertiu o filósofo.
Sem discordar de Costa a respeito da necessidade de reinvenção, Keen insistiu na importância de mediadores qualificados para organizar a abundante e nem sempre confiável informação que passou a circular pela internet com o advento de blogs, Youtube, Twitter e outras ferramentas colaborativas:
- Situações complexas, como o conflito no Oriente Médio, exigem a atuação de jornalistas capazes de processar toda a informação que circula. Mesmo que o jornalista tenha uma posição com a qual não concordamos, é melhor ler gente qualificada para assim chegar às próprias conclusões do que se perder em fontes anônimas como blogs ou tweets.
Costa voltou a criticar a posição de Keen, lembrando que a "necessidade de mediadores" foi citada na primeira tese de doutorado escrita sobre o jornalismo, ainda no século XVII, e afirmou que era preciso matizar esse conceito com as novas tecnologias:
- É preciso haver mediadores qualificados, mas temos que aceitar que vivemos em uma nova realidade, na qual todos tem um certo poder de mediação.
Para Keen, o grande desafio imposto pelas novas mídias é a dificuldade de se orientar em meio a tanta informação que chega ao público sem que ele rpecise se esforçar para isso:
- Temos que aprender a ler criticamente, mas estamos cada vez mais preguiçosos. Para ter acesso a boa informação hoje é preciso trabalhar duro.
Do blogue Prosa Online
Enviado por Eri Santos Castro.
- O livro de Keen é muito importante, porque ele é o porta-voz da mídia clássica, que defende uma ideia de imprensa que existe desde o tempo de Gutemberg. Mas a indústria precisa se reiventar - advertiu o filósofo.
Sem discordar de Costa a respeito da necessidade de reinvenção, Keen insistiu na importância de mediadores qualificados para organizar a abundante e nem sempre confiável informação que passou a circular pela internet com o advento de blogs, Youtube, Twitter e outras ferramentas colaborativas:
- Situações complexas, como o conflito no Oriente Médio, exigem a atuação de jornalistas capazes de processar toda a informação que circula. Mesmo que o jornalista tenha uma posição com a qual não concordamos, é melhor ler gente qualificada para assim chegar às próprias conclusões do que se perder em fontes anônimas como blogs ou tweets.
Costa voltou a criticar a posição de Keen, lembrando que a "necessidade de mediadores" foi citada na primeira tese de doutorado escrita sobre o jornalismo, ainda no século XVII, e afirmou que era preciso matizar esse conceito com as novas tecnologias:
- É preciso haver mediadores qualificados, mas temos que aceitar que vivemos em uma nova realidade, na qual todos tem um certo poder de mediação.
Para Keen, o grande desafio imposto pelas novas mídias é a dificuldade de se orientar em meio a tanta informação que chega ao público sem que ele rpecise se esforçar para isso:
- Temos que aprender a ler criticamente, mas estamos cada vez mais preguiçosos. Para ter acesso a boa informação hoje é preciso trabalhar duro.
Do blogue Prosa Online
Enviado por Eri Santos Castro.
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