Por Fernando Gabeira
Meu objetivo é estar no Nordeste. Perdi uma viagem neste fim de semana, porque a agenda era difícil. Não vou desistir. Vamos discutir em breve a situação do Vale do Mearim, no Maranhão.
Quero alcançá-lo na semana que vem. Outros vales do mundo são atingidos por tragédias. O do Swat, onde lutam exército paquistanês e talibãs, produziu mais de um milhão de refugiados. A ONU já alertou para algo pior que Ruanda.
O slide-show de Trizidela do Vale, pequena cidade do Maranhão, no New York Times, estava lá entre os grandes temas da semana. As fotos transmitiam mais do que sofrimento; havia também alguma diversão e uma ponta de humor no comportamento dos moradores.A reunião vai esperar que as águas baixem.
Aí é que vamos enfrentar um novo problema. Muita gente vive de pequenas lavouras e não terá como comer. As condições higiênicas já eram precárias e tornam-se perigosas no momento posterior às chuvas.O Maranhão não foi o único estado atingido.
Tenho falado com prefeitos do Piauí e do Ceará que passam por aqui, muitos à espera de ajuda.Ministros da Integração quase sempre saem do Nordeste. E quase sempre miram as secas. A possibilidade de região parece surpreendente como foi, em 2005, a seca na Amazônia.Nossos velhos problemas se agravaram. E os novos surgem de todos os lados.
O propósito é deixar no Nordeste um projeto de adaptação como o formulado em Santa Catarina. No sul, existe até um atlas dos desastres naturais. Há muito que fazer, antes mesmo que as águas baixem.Alguns jornais estrangeiros acham que houve desequilíbrio no tratamento ao Nordeste. Mobilizou-se mais pelo sul. Prefiro chegar perto para avaliar melhor. De mochila nas costas, percorrendo os vales, podemos preparar o caminho da adaptação.
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Foto divulgação: Na foto Gabeira e o atual ministro do Meio Ambiente Carlos Minc, fundadores do PV
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