3 de mai. de 2009
A lógica do pior e o princípio da crueldade
Clément Rosset é o filósofo vivo que mais é indicado para este momento. É o maior representante de uma linhagem que remonta a Lucrécio, Pascal, Spinoza, Schopenhauer e, principalmente, Nietzsche. Livros de Rosset que compõem minha pequena biblioteca de pouco mais de mil títulos: 'A lógica do pior' e 'O princípio de crueldade'. Vou adquiri brevemente 'O real e seu duplo' e 'A antinatureza' do mesmo autor.
Por intermédio desse pensador, vim a compreender melhor o trágico, que fora um dos temas preferidos por Nietzsche. Desde que li 'A Lógica do pior' pela primeira vez, em maio de 2008, tentando compreender a morte de minha mãe, trago-o entre meus objetos inseparáveis.
Nele, paradoxalmente, há certo otimismo para aqueles que ainda se dedicam à Filosofia (transcrito na contracapa): "Se há uma tarefa específica da filosofia - e isso independentemente de seus interesses fundamentais, que, mais uma vez, são inteiramente outros -, esta seria a de curar o homem da sua loucura: vasto empreendimento que promete à filosofia um futuro longo e durável, contrariamente aos temores que se exprimem aqui e ali. Pois nada dura tanto quanto aquilo que não tem nenhuma chance de chegar ao fim. A filosofia, assim considerada somente sob um aspecto utilitário, tem ainda belos dias diante de si".
(Há um grupo de filósofos franceses que escreveu 'Porque não somos nietzscheanos', contraponto de Rosset, de Gilles Deleuze... O livro escrito por André Comte-Sponville, Philippe Raynaud, Alain Boyer... filósofos instigantes e que merecem ser lidos- ainda não os conheço. A propósito, Deleuze escreveu a melhor interpretação do filósofo alemão: Nietzsche e a Filosofia.)
Fonte: Um dos bons conhecedores de Clément Rosset no Brasil é Froilam Oliveira. Que define seus interesses assim: "Todas as artes em especial a Poesia; todas as ciências em especial a Astronomia, a Ecologia e Antropologia."
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