29 de abr. de 2009

Internet leva grande imprensa à pior circulação da década



Folha, Estadão, Globo, Extra, Correio Braziliense e JT em queda

Uma leitura do 'meio e mensagem'
O avanço da internet, por meio de sites, blogs e portais colaborativos já soou o alerta amarelo da mídia impressa há tempos. Agora, no primeiro trimestre de 2009, a mídia impressa chegou ao alerta vermelho. Seis dos 20 maiores jornais brasileiros tiveram a pior circulação da década. São eles: Folha, Estadão, O Dia, Diário de S. Paulo, Correio Braziliense e JT.O trimestre também foi ruim para o Globo e Extra. Esses diários só tiveram períodos piores em 2003 e 2004. No Rio Grande do Sul, o Correio do Povo alcançou a segunda pior circulação desde o ano 2000.


Dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC) mostram que a Folha fechou o primeiro trimestre de 2009 com média diária de 298.351. No começo de 2000, essa média era de 429.476. Já o Estadão caiu de 391.023 para 217.414, na mesma comparação.O carioca O Globo não teve desempenho melhor. No início de 2000 tinha média diária de 334.098, que caiu para 260.869, nos três primeiros meses de 2009. Seu resultado é superior apenas a dois outros anos dessa década: 2003 (com 258.485) e 2004 (250.480).O Extra registrou média diária de 264.715, no ínicio do ano 2000 e chegou a apenas 258.324 em 2009. Tal marca supera apenas os anos de 2003 (236.466) e 2004 (224.071).No Sul, o Correio do Povo, que obteve média de 217.897 em 2000, chegou ao primeiro trimestre de 2009 com circulação média de 155.774. Enquanto isso, o paulistano Diário de S. Paulo fechou o primeiro trimestre deste ano com média de 61.088. Em 2000, quando se chamava Diário Popular, chegou a 151.831. Outro concorrente direto, o Jornal da Tarde, caiu de 58.504 para 50.433, no mesmo período.


O levantamento, produzido pelo jornal Meio & Mensagem a partir das planilhas do IVC, mostra que entre os maiores jornais apenas o Valor Econômico teve alta de circulação no primeiro trimestre de 2009. Nesse período, o diário dos grupos Folha e Globo alcançou a média de 53.885, sua melhor marca na década.

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