21 de mar. de 2009

Como em maio 68, a França sai na frente

Greve geral paralisa França em defesa de emprego e renda
Esta notícia não dá na Globo e nem nos demais membros do PIG (Partido da Imprensa Golpista).
A segunda greve geral em menos de dois meses paralisa a França na última quinta-feira (19). Os sindicatos reivindicam mais apoio ao emprego e ao poder de compra da população e as pesquisas indicam o apoio massivo do país aos grevistas. As mais de 200 manifestações previstas juntaram milhões de trabalhadores nas ruas, mas o governo avisou que não aumentará o pacote de ajudas às vítimas da crise e do desemprego.
No início do dia, as complicações já afetavam o sistema de transportes, obrigando o aeroporto de Orly a anular um terço dos vôos e os ferroviários a anunciarem uma adesão semelhante à da última greve. Os atrasos e complicações nos transportes estenderam-se às principais cidades.Os trabalhadores da Caterpillar de Grenoble ocuparam a fábrica em protesto contra o anúncio da demissão de 733 trabalhadores e os mil trabalhadores da fábrica Continental em Clairoix, ameaçada de fechamento e que se tornou num dos símbolos da crise, desfilaram em protesto logo pela manhã.

A grande mudança em relação a anteriores protestos é o clima de apoio ao movimento que atravessa a sociedade. Numa sondagem publicada pelo jornal Liberation, 62% dos entrevistados (e 42% dos eleitores de Sarkozy) dizem-se "solidários" com a greve. Quando a pergunta é se os motivos justificam a greve, o apoio sobe para 78% (53% dos apoiadores do partido do governo).

A França nas últimas décadas tem sido a vanguarda da esquerda mundial. Assim como o maio vermelho de 1968. os franceses iniciam um grande movimento que poderá percorrer o mundo. Desta vez não se questionam apenas os conceitos , valores e costumes. Questiona-se o surgimento de um socialismo com liberdade e o fim do capitalismo, onde o Estado terá um papel destacado junto com a sociedade civil organizada. É o fim do neoliberalismo e da teoria do 'estado mínimo'.
Com Esquerda.net

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Eri,
Torçamos para que a França, que sempre destacou-se pela vanguarda progressista, liberte-se da inflexão conservadora; capaz de levar ao poder um reacionário como Sarkozy, ou dar popularidade aos absurdos racistas de Le penn; e volte a posicionar-se majoritariamente ao lado das idéias progressistas da Humanidade, além do mais neste momento de crise, onde tornam-se mais visíveis as condições para a construção de alternativas à Sociedade Industrial-Capitalista.
Abraços amigo,
Profº Roberto Mauro Gurgel