10 de out. de 2011

Quando as mulheres morrem duas vezes

Promover no tribunal uma discussão moral em torno do comportamento da vítima tem sido estratégia usada na defesa de homens que assassinaram companheiras, namoradas e ex-esposas. A jurisprudência brasileira não admite mais a tese de legítima defesa da honra, mas promotores de Justiça e advogados confirmam que, no julgamento popular, as imagens do réu e da agredida são fatores muitas vezes decisivos na hora de convencer os sete jurados. Dessa forma, a mulher sofre, já no túmulo, uma nova agressão – agora à sua história – e se torna também ré.

Saiu no Correio Braziliense. 
Editado por Eri Santos Castro.
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