Na
tarde de terça (27/5), o deputado federal Domingos Dutra deu entrada em
requerimento que solicita à Comissão de Fiscalização Financeira e
Controle uma diligência externa no Polo de confecções de Rosário, no
Maranhão, para verificar os cemitérios de obras inacabadas e dos
distritos de irrigação nos municípios de Palmeirândia, Magalhães de
Almeida e São Mateus.
Em
1994, Roseana Sarney, Governadora do Estado do Maranhão, inaugurou o
Polo de Confecção prometendo criar 10 mil empregos diretos e exportar
roupas para todo o mundo.
Após
20 anos, R$ 300 milhões foram desviados do Banco do Nordeste, 3.600
famílias estão endividadas e o local aonde seria o polo de confecção se
transformou em um cemitério composto por prédios deteriorados no meio do
mato, onde centenas de máquinas estão apodrecendo em galpões e nenhum
metro de roupa foi produzido. Mesmo com todos os indícios de corrupção,
não se tem notícias de nenhuma punição aos responsáveis.
“Apesar
de o Maranhão segurar sempre como o Estado mais pobre do Brasil,
verificamos a existência de verdadeiros cemitérios de obras inacabadas
que consumiram milhões de reais que deveriam ter sido aplicados
corretamente para gerar renda e emprego para nossa gente. Este é um dos
motivos da pobreza extrema da maioria dos maranhenses e da riqueza
abundante de uma minoria que há 48 anos desgoverna o Maranhão”, explanou
o deputado.
O
deputado pede a fiscalização também em três perímetros de irrigação
existentes no Estado com quase 20 mil hectares, que apesar do
investimento de milhões de reais, se transformaram também em cemitérios
de equipamentos e obras deterioradas.
O
primeiro é o Distrito de Irrigação da Baixada Ocidental Maranhense
(DIBOM), no município de Palmeirândia, totalmente destruído, com
maquinários abandonados e com os canais de irrigação deteriorados. O
segundo é o Distrito de Irrigação Hidroagrícola São Bernardo, no
município de Magalhães de Almeida, também abandonado.
O
terceiro é o Projeto Salangô, em São Mateus, onde o derrame de dinheiro
público foi escandaloso, expresso em mais de R$ 66 milões.
Domingos Dutra espera que sejam tomadas providências capazes de recuperar os projetos, dimensionar os danos causados ao erário público e identificar os responsáveis.
Da assessoria.
Enviado por Eri Santos Castro.
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