- Existem obras fundamentais. A obra de Hanna Arendt é fundamental, e o filme é fundamental. Quase comum como cinema, mas é fundamental por estender uma reflexão foda, profunda, por um meio tão profundo e abrangente como o cinema. Ali estão coisas geniais e radicalmente humanistas: (1) O mal não faz parte da condição humana, ele nasce da renuncia da condição humana, por isso ele emerge com mais crueza no totalitarismo, essencialmente não humano, seja de direita ou esquerda (em cima, em baixo, na frente, atrás, pra mim tanto faz,como diria a bancada anarquista nos congressos da UNE em que virei Presidente.....); (2) O mal não é radical, ele é extremo. Radical é o bem. Ser radical é ser profundo, Ser extremo é ser idiota, distinções fundamentais (3) A estigmatização rotulista contra uma opinião não produz um debate, produz um assassinato de personalidade. (4) O Nazismo deu certo porque ele desarrumou todas as referencias morais da sociedade europeia. Não no sentido moralista, ideológico, escatológico, mas porque apagou na mente das pessoas mais simples, dos pais de famílias, professores, padres, presidentes de grêmios estudantis, a diferença simples e decisiva entre o bem e o mal.
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