13 de jun. de 2013

Kierkegaard e a comunicação instantânia


Kierkegaard floresceu no nascimento da mídia de massa. Revistas e jornais diários e semanais estavam começando a circular amplamente. Como se pudesse sentir o Facebook e o Twitter mais à frente, ele previu um tempo em que a comunicação seria instantânea, mas ninguém teria nada a dizer; ou um momento em que todos estivessem obcecados por encontrar sua voz, mas sem muita substância ou "significado profundo" por trás de suas postagens em blogs.

Em um de seus livros, Kierkegaard lamenta: "A era presente é a era da publicidade, a era dos anúncios diversos: nada acontece, mas ainda assim há publicidade instantânea". No final, Kierkegaard estava preocupado com o poder da imprensa de fomentar e formar a opinião pública, e no processo nos desobrigando da necessidade de pensar nos assuntos à fundo por conta própria.

O artigo é de Gordon Marino, professor de filosofia e diretor da Biblioteca Hong-Kierkegaard, no Saint Olaf College, em Northfield, Minnesota, e publicado pelo International Herald Tribune e reproduzido pelo Portal Uol, 04-05-2013
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