Numa promoção da Prefeitura Municipal de São Mateus, foi realizado, sexta-feira e sábado, dias 04 e 05, o I Seminário Salangô – Um Olhar no Futuro, com o objetivo de debater a revitalização deste que é considerado um dos maiores projetos de irrigação do País.
O evento contou com a participação de secretários de estado, do superintendente da Condevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba), de parlamentares e membros da equipe da Prefeitura de São Mateus.
Segundo o prefeito Hamilton Aragão, Miltinho, Salangô pode se tornar um importante pólo de desenvolvimento agropecuário, desde que revitalizado. Criado em 1992, pelo então governador Edison Lobão, o projeto que seria destinado a empresários, engenheiros e técnicos agrícolas interessados em iniciar uma atividade agrícola, foi entregue dez anos depois a nove associações de trabalhadores rurais, que não conseguiram manter a estrutura montada.
Boa parte dos equipamentos foi roubada, inclusive a fiação elétrica, o sistema de bombeamento de água está parado e os que plantam na área continuam dependendo apenas das chuvas para irrigar o campo. De acordo com estudos da Prefeitura de São Mateus, caso estivesse funcionando o sistema de irrigação, poderiam ser feitos até três plantios ao ano, porém apenas uma colheita se dá no momento. Hoje são 2 mil hectares plantados, mas com apenas uma cultura, o arroz. com um produtividade de 3,5 toneladas por hectare.
O secretário estadual de Agricultura, Cláudio Azevedo, advertiu que, depois de recuperado, Salangô precisa ter uma gerência autônoma, pois não pode ser outra vez sucateado. Segundo ele, atualmente até mesmo a conta de energia elétrica é bancada pelo governo do estado.
O superintendente da Codevasf, João Martins, disse que Salangô pode ser incluído no programa Mais Irrigação do governo federal, mas, seguindo a mesma linha do secretário de Agricultura, lembrou que os projetos apoiados pela União tem de ser administrados pelos próprios beneficiados.
Quando foi criado, o projeto teve um orçamento estimado em US$ 63 milhões. Para recuperá-lo, um comitê gestor, a ser presidido pelo prefeito, vai apontar as prioridades. Os deputados estaduais J.Pinto (PEN) e Rubens Pereira (PCdoB) prometeram apoio na Assembleia Legislativa a mais esta tentativa de salvar Salangô.
Fonte: www.maranhaohoje.com.br (Da assessoria)
Enviado por Eri Santos Castro.
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