A
governadora Roseana Sarney resolveu tratar os professores da rede
pública em greve de advertência como vândalos e mandou cercar o Palácio
dos Leões com o apoio da tropa de choque da Polícia Militar para evitar
qualquer manifestação que possa atrapalhar o seu sossego. A operação
montada em clima de guerra é uma clara demonstração do tratamento que o
governo dispensa aos trabalhadores maranhenses, enquanto a violência
campeia em todo o estado.
Enquanto
isso, os professores fizeram uma manifestação pacífica na Assembleia
Legislativa, onde os deputados discutem as reivindicações da categoria e
cobra do governo o envio do Estatuto do Educador, motivo maior da
paralisação dos professores.
O pior é
que o esquema policial montado para proteger o sono de Roseana – que
dorme de portas abertas – permitiu que cerca de 30 ‘manifestantes’ da
Apaco ocupassem a frente da Prefeitura de São Luís, o que coloca por
terra qualquer argumento de proteção do patrimônio público, se assim se
possa tentar justificar a operação da PM. Ou será que vândalos são
somente os professores?
A
manifestação da Apaco é curiosamente bem articulada e financiada, já
que há um esquema de distribuição de água e transporte. Chama a atenção
também algumas pessoas bem vestidas e sempre com celular em mão que
monitoram e dão suporte aos membros da associação que reivindicam ações
da prefeitura contra os danos provocados pelas chuvas.
O
pequeno grupo de ‘manifestantes’ conta entre outras coisas com apoio de
dois carros – uma Hilux placa NQR 5057 e uma Strada Placa OIG 9605,
ambos de Fortaleza-CE. A logística que inclui Hilux cabine dupla, carro
que custa mais de R$ 100 mil é no mínimo incomum a manifestações
populares de quem não tem sequer teto para morar.
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Enviado por Eri Santos Castro.
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