7 de mar. de 2013

Escavação de canal em Pinheiro polui Rio Pericumã, provoca morte de peixes e doenças

Canal que joga esgoto in natura no Rio Pericumã foi escavado pela administração Filuca Mendes, pai do secretário estadual de Meio Ambiente
Filuca Mendes autorizou escavação de canal em Pinheiro;
ação provocou morte de peixes
Centenas de peixes apareceram mortos, na última segunda-feira (04), no Rio Pericumã, que banha a cidade de Pinheiro. A mortandade, que começou a ser registrada no domingo (03), pode estar ligada a indícios de poluição que apareceram após a escavação de um canal ligando a Vala do Gabião, que recebe praticamente todo o esgoto da cidade, ao rio. 

O canal foi escavado no início da administração do prefeito Filuca Mendes, pai do secretário estadual de Meio Ambiente, Vítor Mendes.
Em 1988, o então presidente da República, o pinheirense José Sarney, mandou para Pinheiro recursos para a implantação de uma rede de esgoto. Infelizmente, o dinheiro foi desviado. A única obra executada foi a drenagem de um canal que corta a cidade, que passou a ser conhecido como “Vala do Gabião”, devido à técnica utilizada na obra. A partir de então, todo o esgotamento sanitário, inclusive dos hospitais, passou a ser jogado diretamente na vala. 
Em 2008, o então governador Jackson deixou em caixa dinheiro para a construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto. Com a chegada da governadora Roseana Sarney, a verba “sumiu”. E o esgoto da vala continuou poluindo campos e o rio.


No período de verão, a água da vala fica com a cor escura e com um forte cheiro de água apodrecida, o que prejudica os moradores mais próximos. Pesquisas realizadas pelo setor de epidemiologia da Prefeitura e do Estado apontam uma incidência muito grande de verminoses e esquistosomose nas pessoas que moram nos bairros por onde passa a vala
.

Provavelmente, a contaminação está relacionada ao esgoto clandestino. É do Rio Pericumã que a Companhia de Águas e Esgoto do Maranhão (Caema) retira a água que é distribuída na cidade de Pinheiro. Exames realizados por uma universidade da capital constataram grande incidência de coliformes fecais na água consumida pelos pinheirenses. 
Denúncias encaminhadas ao Ministério Público

A situação do Rio Pericumã está sempre sendo acompanhada de perto pelos pescadores. Foram eles que denunciaram à impressa local o grande número de peixes encontrados mortos. 


Foram eles que levaram a denúncia ao Ministério Público e pediram a instauração de uma ação civil pública para apurar a responsabilidade sobre a abertura do canal, que se transformou em um afluente de esgoto. 
Os pescadores pedirão também uma perícia a ser feita com auxílio de órgãos ambientais.
                                           
Do Blogue Sílvia Tereza, veja aqui!
Entviado por Eri Santos Castro.
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